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Escritora Isabel Allende diz que feminismo é revolução irreversível ao apresentar novo livro

5 nov 2020 - 20h42
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A escritora Isabel Allende, uma das autoras de língua espanhola mais lidas do mundo, aplaudiu nesta quinta-feira os movimentos globais que lutam pelos direitos das mulheres, mas disse que ainda há um longo caminho a ser percorrido ao apresentar seu último livro "Mujeres del alma mía", um ensaio sobre sua relação com o feminismo. 

Escritora chilena Isabel Allende concede entrevista coletiva em lançamento de livro em 2009
16/09/2009
REUTERS/Sergio Perez
Escritora chilena Isabel Allende concede entrevista coletiva em lançamento de livro em 2009 16/09/2009 REUTERS/Sergio Perez
Foto: Reuters

A escritora chilena, autora de 24 livros traduzidos para 40 idiomas, reivindica em sua nova obra a idade madura e propõe uma viagem emocional na qual revisita seu vínculo com o feminismo desde a infância até a atualidade, além de se lembrar de mulheres que marcaram sua vida. 

No livro, lançado na quinta-feira de maneira simultânea na América Latina e na Espanha, Allende elogia a escritora Margaret Atwood, a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, sua mãe, Panchita, a cantora Violeta Parra e Lastesis, um coletivo feminista chileno que manifesta sua rebeldia através de obras cênicas. 

"Há uma nova onda de mulheres jovens que deram um novo vigor ao movimento feminista", disse Allende em uma entrevista coletiva a partir de sua casa na Califórnia, nos Estados Unidos. 

"O feminismo é uma revolução, creio que a revolução mais importante que tivemos na história desde que a conhecemos, porque implica metade da humanidade e é uma revolução de valores, de forma de vida, que vai muito além do gênero. É uma postura perante a vida e me parece irreversível", acrescentou a autora de 78 anos. 

Allende, que vendeu mais de 70 milhões de exemplares, se referiu também aos protestos mundiais que pedem igualdade e melhores condições de vida e questionou o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, dizendo que o país optou por um "neoautoritarismo" em vez de uma democracia. 

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