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Ex-comentarista da Jovem Pan é indiciado por tentativa de golpe de Estado

Paulo Figueiredo disse estar "honrado" por ter sido indiciado como golplista pela Polícia Federal

21 nov 2024 - 18h05
(atualizado às 18h29)
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Inquérito da Policia Militar

O jornalista Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, que trabalhou como comentarista na Jovem Pan, apareceu na lista dos alvos do inquérito policial que investiga uma tentativa de golpe de Estado no fim do governo Bolsonaro. Além dele, outros 36 suspeitos também foram indiciados na tarde desta quinta-feira (21/11), incluindo o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de outros nomes do primeiro escalão do governo anterior, como os ex-ministros Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (GSI), o ex-diretor da ABIN Alexandre Ramagem e o presidente do PL Valdemar Costa Neto.

A Polícia Federal investiga um plano criminoso que incluía o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes. O objetivo era tentar manter Bolsonaro na presidência da República após sua derrota nas eleições. A ação foi orquestrada em novembro de 2022, logo após o 2º turno, e quase colocada em prática em dezembro.

Segundo o relatório envido pela Política Federal (PF) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Paulo Figueiredo é suspeito de integrar o núcleo responsável por incitar militares a aderirem ao golpe. Ele teria trânsito na caserna por ser neto do general João Batista Figueiredo, último presidente militar do Brasil após o golpe de 1964.

No X (antigo Twitter), Figueiredo afirmou que soube do indiciamento pela imprensa brasileira e disse que aguarda "ansiosamente os próximos acontecimentos". O jornalista ainda ironizou a situação dizendo que se sente "honrado" por ter sido indiciado pela Polícia Federal.

8 de janeiro e demissão da Jovem Pan

Por coincidência, Paulo Figueiredo foi responsável por comentar ao vivo os ataques de 8 de janeiro à Praça dos Três Poderes na Jovem Pan News. No momento do quebra-quebra, ele ficou horas no ar defendendo os vândalos. Entre seus comentários, disse ser "compreensível a revolta popular". Mesmo quando criticou a destruição causada pelos bolsonaristas, buscou retratar os radicais "que estão vendo o país ir pro vinagre" como supostas vítimas do sistema. "A revolta é legítima", afirmou sobre a barbárie, fazendo ataques a urnas eletrônicas, ministros do STF, do TSE, representantes do Congresso Nacional e até lideranças da direita "que se omitiram" diante da eleição de Lula. Ele também foi um dos difusores da versão de que o país virou uma ditadura do STF e chegou a defender uma "guerra civil" no país, na tela do canal de notícias.

O Ministério Público Federal abriu uma investigação sobre a Jovem Pan News e, uma semana depois, ele foi demitido. Em comunicado, Figueiredo justificou sua saída por "divergências" com a direção de Jornalismo.

"Comunico o encerramento das minhas relações com a Jovem Pan por divergências editoriais com o seu diretor de jornalismo. Vocês podem ter certeza, que, onde eu estiver, os meus comentários jamais sofrerão interferência de qualquer tipo. O meu compromisso é só com a verdade", ele declarou.

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