Ex-enfermeira de Schumacher é investigada por chantagem contra família e roubo de documentos
Esquema envolveu pedido milionário para evitar divulgação de prontuários médicos. Ex-enfermeira de Michael Schumacher é investigada por roubo de documentos
Os problemas envolvendo a ex-equipe médica de Michael Schumacher ganharam novos capítulos. Além de Markus Fritsche, ex-segurança do ex-piloto de Fórmula 1, uma enfermeira também foi acusada de participar de um grupo que chantageou a família do astro ao pedir cerca de R$ 94 milhões para evitar que imagens e prontuários médicos dele fossem divulgados.
Desde 2013, quando sofreu um acidente de esqui na França, Michael Schumacher nunca mais foi visto em público. O ex-piloto de Fórmula 1 sofreu lesões cerebrais graves e permaneceu meses em coma induzido. Com informações escassas sobre sua internação, pessoas próximas da família teria cobrado aproximadamente 15 milhões de euros para evitar o vazamento das informações.
De acordo com o jornal Daily Mail, a mulher, que não teve sua identidade revelada, foi citada durante o julgamento do caso, que iniciou na última terça-feira (10), em Wuppertal, na Alemanha. A moça segue sendo investigada pelas autoridades da Suíça, onde a família do astro vive. Os principais acusados são quatro homens, incluindo dois ex-seguranças da família de Michael Schumacher e o filho de um deles. Markus Fritsche, Yilmaz Tozturkan e Daniel Lins seriam os responsáveis por comandar a operação.
Na audiência, Yilmaz Tozturkan confessou que Markus Fritsche "conseguiu o material com uma enfermeira". "Fritsche disse que a enfermeira precisava de dinheiro, e o plano era vender o material e dividir em três partes: entre mim, ele e ela. Não a encontrei pessoalmente, apenas vi uma foto dela e foi isso", acrescentou.
Por outro lado, Sabine Kehm, ex-assessora do astro por 25 anos, apontou que a enfermeira parecia ser uma pessoa próxima dele. "Lembro de ver Fritsche e essa enfermeira conversando. Eles se davam bem. Mas ela acabou saindo, tínhamos problemas com ela, com o cuidado que ela deveria exercer. Vimos algumas coisas desagradáveis. Primeiro ela saiu, depois ele (...) Havia um computador que os cuidadores e a equipe médica acessavam. Eles tinham as senhas. Se outra pessoa acessasse aquele computador, teríamos sido notificados. Corinna [esposa de Schumacher] e eu suspeitamos que pudesse ter sido ela imediatamente", apontou.
*Texto de Júlia Wasko
Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e apaixonada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko