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Festival de cinema Dokufest traz o mundo ao Kosovo

11 ago 2023 - 16h31
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A fortaleza medieval com vista para a cidade de Prizren, no sul do Kosovo, é um dos locais marcantes do Dokufest, um festival de cinema que se tornou um dos maiores eventos culturais do país dos Bálcãs.

Festival de cinema e documentário Dokufest, em Prizren, Kosovo
09/08/2023
REUTERS/Fatos Bytyci
Festival de cinema e documentário Dokufest, em Prizren, Kosovo 09/08/2023 REUTERS/Fatos Bytyci
Foto: Reuters

Com exibição de curtas e documentários internacionais desde 2002, o evento tornou-se uma janela do mundo para jovens locais que enfrentam dificuldades para viajar ao exterior.

O Dokufest é conhecido por seus cinco cinemas ao ar livre localizados entre mesquitas e igrejas que testemunham a herança de diversidade cultural e religiosa da cidade.

Duas telas estão localizadas no topo da fortaleza Prizren, outra em uma praça perto da Mesquita Sinan Pasha, do século 17, da era otomana, e outra em uma plataforma que se ergue do raso rio Lumbardhi, que corta a cidade em duas.

"O Dokufest trouxe o mundo aqui", disse Veton Nurkollari, diretor artístico do festival.

"Na ausência de nós não podermos viajar para o exterior, trouxemos o mundo para cá com pessoas, filmes, possibilidades e amizade."

Com seu país ainda cercado de tensões étnicas desde a declaração de independência da Sérvia em 2008, os kosovares precisam de vistos para viajar a países da União Europeia. E pelo fato de o Kosovo ser reconhecido apenas por cerca de 110 outros países, seu passaporte está entre os mais fracos do mundo.

Ao todo, são mais de 200 documentários e filmes na edição deste ano do festival, incluindo participações da Colômbia, Tanzânia, no Reino Unido, Canadá e Estados Unidos.

O tema é inteligência artificial, e os questionamentos sobre qual inteligência é pior, a humana ou a AI.

Jude Chehab é uma cineasta libanesa-americana que participa do festival com seu filme "Q", com a história da influência que uma ordem religiosa secreta libanesa teve sobre três gerações de mulheres de sua família.

Para ela, os documentaristas podem ficar seguros com a inteligência artificial por enquanto.

"Fazemos algo tão real, prático e genuíno como fazer um filme pessoal sobre minha mãe. A intimidade que tenho nenhuma inteligência artificial pode tirar isso de nós", disse.

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