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Filme no Festival de Berlim conta história de rebeldes com causa da Guerra Fria

16 fev 2018 - 16h47
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Enquanto tanques soviéticos esmagavam um levante na Hungria em 1956, um grupo de crianças da Alemanha Oriental iniciava seu próprio protesto, enfrentando um regime comunista que manteria seu país dividido durante mais três décadas.

Dietrich Garstka concede entrevista em Essen
 9/2/2018    REUTERS/Leon Kuegeler
Dietrich Garstka concede entrevista em Essen 9/2/2018 REUTERS/Leon Kuegeler
Foto: Reuters

A história real é contada em "A Revolução Silenciosa", filme que estreou no Festival Internacional de Cinema de Berlim, que teve início nesta semana na cidade que hoje é a capital de uma Alemanha unificada e pacífica.

Em meio ao controle rígido imposto sobre a imprensa em casa, dois estudantes da Alemanha Oriental veem filmagens da revolução húngara de 1956 - um momento crucial da história da Guerra Fria - quando seguem para um cinema de Berlim Ocidental.

Eles o contam a seus colegas de classe e, depois de ouvir notícias do Ocidente juntos no rádio em uma casa de campo, concordam em fazer um minuto de silêncio pelos mortos da revolta fracassada.

Toda a classe acaba sendo expulsa, e a maioria foge para o Ocidente em busca de liberdade e para recolocar seus estudos nos trilhos.

Dietrich Garstka, que escreveu o livro no qual o filme se baseia, entrou na escola em 1945 - o ano em que o regime nazista de Adolf Hitler desmoronou -, por isso o sistema da Alemanha Oriental comunista era tudo que conhecia.

Ele arriscou muito se recusando a responder às perguntas de seu professor de história durante o minuto de silêncio, mas, disse Garstka, "fazer aquele protesto era importante para mim, para mostrar àqueles cretinos que pensamos diferente deles".

Ele e seus colegas se deram conta de que não teriam chance de se fazer na vida se fossem rotulados como inimigos do Estado, por isso decidiram que era melhor correr o risco de fugir.      

"Eles nos subestimaram completamente, pensando que éramos fantochezinhos que acreditavam no que os 'grandes socialistas' diziam", contou ele à Reuters.

Embora a rebelião de Garstka fosse contra um sistema que hoje a maioria dos alemães encara como um regime terrivelmente repressivo, ele diz que atualmente os jovens continuam rebeldes e sempre o serão.

"Acho que os jovens muitas vezes são subestimados por seus pais hoje em dia. Eles não são diferentes... você pode ter certeza de que eles se envolverão sempre que houver uma campanha ou algo a fazer".

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