Moacir Santos ganha arranjos com "Dream Team"
Sábado, 27 de outubro, 4h
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A homenagem iniciada ao maestro brasileiro radicado no exterior Moacir Santos se repetiu em São Paulo nesta sexta. A apresentação contou com a presença do arranjador, compositor e instrumentista pernambucano, que ficou sentado logo na primeira mesa, no centro da platéia, atento à interpretação de suas músicas e "Coisas", como chama diversas de suas obras.
O elenco de músicos é uma espécie de "Dream Team" da música instrumental brasileira, com Ricardo Silveira e outros nomes no elenco da banda calcada em metais. Isto por que Moacir José dos Santos é um instrumentista de sopro em sua base - emprestou até mesmo seu sax barítono para Teco Cardoso, outro músico parte da história da MPB, e jogador do "team".
A música de Moacir tem a capacidade de parecer um tema cíclico e ao mesmo tempo complexo. Tem jazz, mas tem teor latino que por vezes resvala no Brasil. O que é óbvio, já que foi mestre de Baden Powell, Paulo Moura, Eumir Deodato, Nara Leão, entre outros. Hoje com 77 anos, o autor do CD duplo Ouro Negro só ganhou crédito quando saiu do País, na década de 60. Dizem que tem dificuldade de falar o português, de tanto tempo que passou longe do Brasil.
Bom, agora, pela segunda vez (foi homenageado com outro nome histórico da MPB, Radamés Gnatalli, no Free de 1985), o maestro é lembrado aos brasileiros. E é sempre bom quando a homenagem vem ainda em vida do artista.
Ricardo Ivanov / Redação Terra
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