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A. Fontenelle sobre herança: "não vou deixar tripudiarem sobre o que é meu"

No lançamento da Playboy em São Paulo, viúva de Marcos Paulo atacou detratores e reafirmou não ter usado Photoshop nas fotos da revista

12 jul 2013 - 07h15
(atualizado às 08h32)
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<p>Atriz brinca com Coelhinhas durante lançamento da Playboy que leva seu nome em destaque, na quinta</p>
Atriz brinca com Coelhinhas durante lançamento da Playboy que leva seu nome em destaque, na quinta
Foto: Francisco Cepeda / AgNews

Por um momento, o sorriso se esvai. "Não tem briga por herança e não tenho nada com isso [...] quero falar da revista", Antônia Fontenelle enfatiza à imprensa antes do jantar de lançamento da edição de julho da revista Playboy, na noite de quinta-feira (11), em restaurante no bairro dos Jardins, em São Paulo. "Mas ele deixou pra mim e eu não vou deixar ninguém tripudiar sobre o que é meu de direito."

A tensão do assunto tem motivo de ser. Desde que Marcos Paulo, com quem a atriz ficou por seis anos, morreu, em novembro do ano passado, as filhas do diretor brigam na Justiça para bloquear seus bens e impedir o acesso de Fontenelle a eles. O pedido ao juiz foi rápido - ocorreu apenas três dias após a morte de Paulo. Nos quatro dias seguintes, a atriz ainda se viu expulsa da casa do falecido por suas herdeiras. 

Mas isso não é motivo de preocupação. Não em uma noite festiva. Ao menos no lançamento da revista na capital paulistana, exatamente oito meses após a morte do cineasta, o único resquício que Fontenelle externa sobre o relacionamento é o fato de ainda falar bastante de Marcos Paulo - e de seguir chamando-o de "meu marido". De resto, celebra o momento. E, claro, a Playboy.

Em pouco mais de dez dias, a edição de julho que traz suas fotos em destaque teve 400 mil cópias comercializadas, número bastante considerável se comparado às recentes vendagens da publicação. O convite para o ensaio é antigo. Dois anos atrás, quando Fontenelle começava a divulgar o longa Assalto ao Banco Central, Thales Guaracy, diretor da publicação, fez a primeira proposta. O diagnóstico de câncer em Paulo, no entanto, a derrubou.

A revista não desistiu. Passado todo o processo que culminou com a morte do diretor, em 2013 veio uma nova proposta. Desta vez, ela seguiu com conversas que se estenderam ao longo de dois meses até chegarem a um termo interessante para ambas as partes. O cachê, não revelado, é descrito pela atriz como suficiente para "matar a sede de todo o meu sertão". A nova tiragem, necessária devido ao esgotamento da anterior em muitas cidades, deve aumentar o cheque. 

<p>Antônia Fontenelle posa com a edição de julho da Playboy</p>
Antônia Fontenelle posa com a edição de julho da Playboy
Foto: Francisco Cepeda / AgNews

Ao lado do burburinho no salão separado do resto do restaurante por portas de vidro, famílias jantam tentando ignorar a grande movimentação ao redor. Crianças observam com curiosidade o estranho vai e vem de jovens com microfones, máquinas fotográficas e bloquinhos de papel em mãos. Um pai de família ou outro consegue desviar o olhar por um breve momento para checar as curvilíneas garotas vestidas como coelhinhas, destacadas no recinto por decotados corpetes de tecido azul, grandes orelhas da mesma cor e uma simpática gravata borboleta.

Fontenelle, a estrela da noite, se mostra alegre. Brinca, rebate, concede a entrevista como se estivesse no meio de velhas amigas. Calejada com a mídia de celebridades e consciente do posto de protagonista do evento, procura ela mesma quebrar o gelo ao início da entrevista. "Nada de polêmica, hein? Não distorçam minhas palavras! Mato vocês se fizerem isso". O tom é de sarcasmo. Afinal, como seria possível evitar os temas embaraçosos, aqueles pelos quais ela é mais conhecida?

Os papéis foram poucos. A estreia na televisão veio quase aos 30 anos, em 2004, e a carreira só começou a deslanchar três anos depois, quando já namorava com Marcos Paulo. De lá para cá, atuou em produções da TV Globo, em um longa do marido e em uma novela da Record, emissora que deixou recentemente para investir em outros trabalhos. O principal deles, o filme Sequestrados, um antigo projeto de Paulo que se propôs a produzir.

<p>Lançamento da edição ocorreu em restaurante de SP</p>
Lançamento da edição ocorreu em restaurante de SP
Foto: Francisco Cepeda / AgNews

Para além das frases escritas em redes sociais, as críticas contra ela vêm principalmente do antigo preconceito de que mulheres mais jovens só se envolvem com homens de idade superior por interesse financeiro. Paulo, eterno conquistador dos bastidores da dramaturgia - entre os "triunfos" estão Malu Mader, Nívea Stelmann, Vera Fischer e Flávia Alessandra -, deve ter cansado de ouvir isso. Fontenelle rechaça os detratores e os classifica entre os "que se escondem atrás de apelidos nas redes sociais" e os "subjornalistas". Mas não se abate.

Ao mesmo tempo em que fala de temas mais sérios, a atriz brinca, desafia, ironiza. Experiente, consegue fugir com peculiaridade de questões embaraçosas. "Teve Photoshop, mas não em mim. Na luz. Nunca tive celulite, vocês veem minhas fotos na praia. Quer que eu tire a roupa pra mostrar?", ela provoca, mirando os olhos de uma repórter.

Em outro momento, repete o gesto ao ser indagada sobre uma declaração que fez no Twitter recentemente, segundo a qual seria bissexual. "Não era brincadeira", diz, com seriedade, mirando fixamente outra repórter. "Estou te olhando e estou apaixonada. Você é muito gata", completa, sorridente. Ela se diverte, todos riem. A frase na rede social é logo desmentida. Mas nem precisaria, afinal não é uma preocupação.

"Quero experimentar, é isso que me alimenta. E estou aberta a tudo na vida. Estou produzindo, levando minha vida, fazendo minha história. Eu sempre tive dinheiro porque sempre trabalhei. Então não estou preocupada com o que falam de mim", exalta, sem nunca esquecer: "mas vocês adoram minhas bobagens."

Fonte: Terra
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