'A passagem dela foi muito linda', diz intérprete do boneco Guinho sobre Palmirinha
Anderson Clayton, fiel companheiro de Palmirinha na televisão, se emocionou ao lembrar da colega de trabalho em seu velório
Anderson Clayton, conhecido por ser o intérprete do boneco Guinho, o fiel companheiro de Palmirinha na televisão, se emocionou ao lembrar da colega de trabalho em seu velório, na manhã desta segunda-feira, 8, em São Paulo. Palmira Nery da Silva Onofre, morreu na manhã deste domingo, 7, aos 91 anos, devido ao agravamento de problemas renais crônicos.
"A gente estava acompanhando esse momento de dor, mas a Palmirinha era muito forte. Então a gente sempre sabia que ela iria voltar pra casa. Porque faz três anos que ela tinha idas e vindas do hospital. Mas a gente sabia que que ela era essa fortaleza, sabe? Essa mulher forte", disse ele, em entrevista ao Terra.
Segundo Anderson, ele acompanhou de perto os últimos momentos da colega de trabalho. "Eu falei, se eu trabalhei esses vinte e cinco anos [com ela], o mínimo que eu posso fazer é [dedicar] meu tempo e minha atenção. Ela é um pedaço de mim", destacou.
Segundo ele, além de trabalharem juntos, os dois se tornaram grandes amigos ao longo dos anos em que estiveram juntos na televisão.
"Eu olhava nos olhos dela, a gente sabia o que estava acontecendo. A gente tinha uma sintonia muito forte. Porque fazer televisão, fazer mídia é muito difícil. Porque às vezes você está com dor e ela era uma senhora. Imagina, eu falava assim "é minha vó, mano", eu brigo com unhas e dentes [por ela]", disse Anderson, muito emocionado.
Em seguida, ele acrescentou: "Esses últimos anos depois que ela parou de fazer TV eu me mantive em silêncio exatamente para preservá-la. E por respeito. Claro, toda relação de amor tem dor. Toda relação não é fácil, mas eu sempre me mantive em silêncio em respeito a nossa história. Então eu estou aqui hoje exatamente para honrar essa história de amor, de que o amor vence, de vida, de trabalho, de dignidade dessa mulher que até meu último respirar vou lembrar dela".
Anderson também destacou que Palmirinha sempre se manteve forte e alegre até quando estava no hospital. "Ela não parou de lutar, só ontem que ela estava descansando, aí ela parou de respirar. A passagem dela foi muito linda, muito emocionante, tranquila. Ela já tava descansando, fez tudo que pode".
Segundo ele, agora pretende manter o legado de tudo que aprendeu com Palmirinha, quem afirma ser "sua avó de coração". "Fiz um livro de receita pra crianças, com as receitas que eu aprendi com ela e vou fazer esse legado. Eu não quero pensar muito no futuro porque estou com muita dor, mas o que eu puder fazer para honrar essa história eu vou fazer, para sempre honrar a Palmirinha", finalizou.