Acidente com Rodrigo Mussi ressalta o quanto nossa vida é frágil
Em 1 segundo o imprevisível se impõe, tudo muda e perdemos a ilusão de controlar o próprio destino
A princesa Diana vivia, finalmente, um período tranquilo e feliz ao lado do novo namorado quando o Mercedes se chocou violentamente contra um pilar do túnel sob a ponte de l’Alma, em Paris.
Ela tinha 36 anos, a mesma idade de Rodrigo Mussi. O empresário e participante do ‘BBB22’ trava uma batalha inconsciente pela vida em consequência do acidente de carro que o deixou com traumatismo craniano e múltiplas fraturas.
A comparação parece esdrúxula, mas entre os dois há mais coincidências do que se imagina. Ambos cresceram em um lar desajustado: não tiveram a atenção, o carinho e o suporte emocional que se espera receber de pai e mãe.
Saíram de casa cedo em busca de liberdade e afeto. Ambos apostaram alto em um grande acontecimento capaz de transformar positivamente sua existência – ela, o casamento de conto de fadas com o príncipe Charles; ele, o superestimado ‘Big Brother Brasil’ – e foram precocemente rejeitados, julgados e descartados.
Tanto Diana quanto Rodrigo conseguiram amenizar os dramas e traumas que carregavam ao ser apoiados por amigos e admiradores anônimos. A princesa se tornou a mulher mais famosa do planeta. O ex-BBB rapidamente reverteu o ‘cancelamento’ e conquistou fora da casa a redenção e o sucesso que não alcançou lá dentro.
Nas últimas semanas, ele conheceu celebridades, foi paparicado em eventos, fez trabalhos como influenciador, ganhou milhares de seguidores, teve valiosa visibilidade na mídia, aproveitou momentos de explícita felicidade. Seu sorriso virou sua marca registrada.
Agora, em um leito do Hospital das Clínicas, em São Paulo, Rodrigo Mussi luta pela chance negada a Diana: recuperar a saúde e, o mais rápido possível, retomar a realização de sonhos. Todos torcem para que seja bem-sucedido em sua segunda chance.
Vítima do imprevisível, ele suscita reflexão a respeito da nossa vulnerabilidade no mundo. Nos sentimos fortes e, no momento seguinte, caímos fragilizados. Acreditamos ter as rédeas do destino e a vida se encarrega de destacar o quanto estamos à mercê do acaso. Por isso é tão importante viver intensamente o agora, sem deixar nada para depois.
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