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"Adoro ter sido miss", afirma Renata Fan

20 ago 2009 - 07h15
(atualizado às 11h16)
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Ex-miss Brasil e 2ª colocada no Miss Universo, Renata Fan demonstra orgulho ao falar sobre os títulos que recebeu em virtude de sua beleza gaúcha. A apresentadora do programa esportivo Jogo Aberto viu sua vida mudar nos últimos dez anos, desde que foi eleita a mulher mais bonita do Brasil em 1999, e soube construir sua carreira. Ela fala com alegria sobre o título que carregou por um ano e afirma: "adoro ter sido miss".

Renata Fan vai comandar a transmissão do concurso Miss Universo 2009, na Band, no próximo domingo (23) às 21h50, ao lado de Adalgisa Colombo (Miss Brasil 58 e vice-Miss Universo) e Deise Nunes (Miss Brasil 1986). "Fico feliz em saber que a beleza está voltando a ser exaltada e que o concurso voltou a ser destaque na mídia", disse a apresentadora.

Confira a entrevista concedida ao Terra na íntegra:

Como foi a experiência de concorrer ao Miss Universo?
Eu nunca imaginei que estar no Miss Universo poderia me render algo profissional como apresentar o concurso na Band. O bacana é que eu vivi issso também e sei do que está falando.

O que mudou no concurso de 1999 para cá?

Primeiro, eles começaram a mudar o local do concurso, que é sempre em um país diferente, antes era feito só nos Estados Unidos. Isso eu acho interessante porque os países podem comprar esse concurso e é mostrada a cultura desses lugares. Hoje, uns 100 países fazem a transmissão. A beleza continua sendo exaltada, o concurso é mais dinâmico, as candidatas sabem o que precisam para chegar no Miss Universo, como ser comunicativa e ter o corpo perfeito. A competitividade ficou maior. No meu ano, eram menos concorrentes e também não era televisionado, agora voltou.

O que mudou na sua vida depois de ser eleita Miss Brasil em 99?
Primeiro o Miss Universo é fantástico. Ver aquele show de perto, é demais. Cada vez que eu via uma coisa nova, a cada ensaio, que durava nove horas por dia, participar de coquetéis, jantares, estar sempre bonita, exige muito da candidata e isso me trouxe maturidade. Tudo que eles fazem é muito sério, envolve a TV e grandes empresas patrocinam. É um concurso que está há 50 anos acontecendo.

Você acha que as pessoas esqueceram por um tempo a importância do Miss Universo?
Não acho que ficou esquecido. Quando a TV não está mostrando o concurso, as pessoas não podem acompanhar. E também acredito que teve grande concorrência na moda, porque tivemos muitas mulheres que se destacaram como modelo, como a Gisele Bündchen, Alessandra Ambrósio, entre outras. Então, as mulheres preferiram estar em agências de modelo. Mas quando se é miss, em um ano ela consegue faturar R$ 1 milhão, se ela for focada nisso. Eu acho que o concurso de miss mostra a mulher brasileira completa. Eu acredito que daqui pra frente isso vai crescer.

Logo após o concurso, então, a miss pode ganhar R$ 1 milhão?
Sim, mas isso depende muito da miss, se ela for focada nisso e se dedicar. Em dois anos, por exemplo, eu viajei pra mais de 20 países. Além do dinheiro,você ganha experiência.

Você disse que nunca teve a intenção de ser modelo e trabalhar com beleza. Como surgiu a oportunidade de ser miss?
Eu nunca fui modelo. Estava concluindo a faculdade de Direito e morava no interior do Rio Grande do Sul, não queria nada que se relacionasse à beleza. Por tanta insistência na minha cidade, acabei participando e fui miss Santo Ângelo (minha cidade natal), depois fui Miss Rio Grande do Sul, e aí fiquei em segundo lugar no Miss Universo, em Trinidad e Tobago. Depois, não gostava de desfilar e fui ser apresentadora, por ter empatia com a câmera e com a TV.

O concurso de miss confere vantagens em eventos e trabalhos. Mas não é só cuidar do corpo, você acaba tentando se atualizar sobre tudo o que acontece no País, porque você acaba sendo um exemplo e amadurece com isso. Eu adoro ter sido miss. E quanto mais misses do Brasil ganharem, vai ser melhor.

Há preconceitos aqui no Brasil e na América do Sul para quem é miss?
Pelo contrário. Em alguns países da América do Sul a miss é a figura mais importante do país e são muito valorizadas, como por exemplo na Venezuela.

Na minha época, em 99, o padrão de beleza era a "loira do tchan". Mas, hoje, depois da Natália Guimarães isso mudou. Aqui no Brasil a valorização está voltando. Não há preconceito. As misses se promovem pela beleza, desde 1950, e no concurso isso é muito aberto.

Quem você acha que vai ganhar o concurso nas Bahamas este ano?
Tem umas cinco ou seis, além da brasileira. Se eu não falasse dela, né(risos)? Estão falando muito das asiáticas e, entre ela, a minha preferida é a do Japão. Também achei muito bonita a miss da Espanha, porque ela se destaca bastante. Gostei também da miss Colômbia, a da Venezuela também, que está sempre entre as preferidas. A da Índia e dos Estados Unidos também são bonitas.

Eu acompanho mesmo o que elas estão fazendo e sempre que olho as fotos coloco um, tiro outra, é muito difícil mesmo, porque é um campeonato, né? A minha preparação é mais divertida do que a apresentação em si. Eu adoro acompanhar.

Como é concorrer ao Miss Universo nos bastidores? Há muita concorrência entre as misses ou elas se ajudam?
Chega um momento que você tem uma carência por estar longe da família e aí você se une mais às pessoas com as quais você tem afinidade. Em determinado momento, você percebe que elas também te olham, te analisam e tentam se cuidar mais, pois você é avaliada pela beleza. Aí, às vezes, você pensa que poderia estar melhor preparada. Se eu pudesse voltar atrás, me prepararia melhor, teria estudado mais.

Você fez alguma amizade no concurso?
Eu fiquei uns quatro anos em contato com a miss Uruguai, a Verónica González, mas depois perdemos contato. Há dois anos nos falamos. Depois encontrei com várias delas em um evento, foi bem legal porque a gente conversou bastante e "lavamos a roupa suja". (risos)

E como vai ser a apresentação do concurso neste ano?
A gente depende da sequência que os organizadores mandam. A gente segue isso, porque seria um desrespeito tirar as imagens do que elas fizeram lá nas Bahamas, imagens da torcida e dos convidados. Mas os comentários são nossos e aí a gente vai falar mesmo. Até por isso temos a Adalgisa Colombo que vai estar lá com a gente. O bom é que a gente interage com o público. O concurso tem uma estrutura, é sempre a mesma. O que a gente promete é muito comentário e muitos detalhes do concurso.

Primeira nordestina em 20 anos

A modelo e pedagoga Larissa, que tem 25 anos e trabalha na Secretaria de Educação da cidade de Natal, foi eleita a mulher mais linda do Brasil na madrugada do dia 10 de maio, em evento realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo. Ela recebeu a faixa de Miss Brasil 2009 das mãos da atual Miss Universo, a venezuelana Dayana Mendoza.

Larissa é a primeira nordestina a vencer o tradicional concurso de beleza em 20 anos. Antes dela, a cearense Flávia Cavalcante foi a última representante da região a ser eleita Miss Brasil, em 1989. O concurso é realizado no Brasil desde 1900.

Renata Fan vai comandar a transmissão do 'Miss Universo 2009'
Renata Fan vai comandar a transmissão do 'Miss Universo 2009'
Foto: Divulgação
Fonte: Redação Terra
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