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'Ainda não tinha descoberto como trabalhar com paixão', diz Grazi sobre 'Flor do Caribe'

'Eu trabalhava com sofrimento, sabe?', afirmou atriz, que viveu protagonista em novela das 6 que ganhará reprise na Globo a partir do dia 31

25 ago 2020 - 16h47
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Grazi Massafera em 'Flor do Caribe'  
Grazi Massafera em 'Flor do Caribe'
Foto: João Miguel Júnior / Globo / Divulgação / Estadão

Grazi Massafera falou sobre seu trabalho como protagonista de Flor do Caribe, novela da Globo exibida em 2013 que será reprisada a partir da próxima segunda-feira, 31, durante coletiva online com jornalistas nesta terça-feira, 25.

Na trama, ela viveu Ester, que contracenava com nomes como Henri Castelli e Igor Rickli. "A mais importante das transformações que aconteceram de lá pra cá foi essa paixão que eu descobri pela profissão", avaliou, sobre os sete anos que se passaram.

"Até então, eu trabalhava como atriz. Hoje, eu me divirto como atriz, tenho paixão pelo que faço. Naquela época ainda não tinha descoberto como trabalhar com paixão. Eu trabalhava com sofrimento, sabe?", complementou.

"Sentia falta de construir um personagem. Ali, comecei a sentir esse sabor. Eu nunca tinha sentido isso. Em Larissa [seu papel em Verdades Secretas] eu senti de uma maneira muito potente, como se tivesse fazendo algo social. Em Flor do Caribe, eu ainda estava muito no meu ego, e meu ego estava em primeiro lugar. Não digo que isso é ruim, porque meu ego também me fazia produzir", continuou.

Em novembro de 2018, Grazi havia falado sobre o tema em entrevista ao Lady Night. "Eu não gostava, não. Fazia por dinheiro, mesmo. Achava um porre e fazia porque precisava. Não tenho profissão, não estudei pra nada... Aí a profissão se apresentou pra mim de maneira muito bonita em Verdades Secretas [2015]"

"Não sei quanto tempo, mas não vou ficar pra sempre nisso [atuação], eu não quero. É muito cansativo... É desgastante psicologicamente, exige muito", prosseguiu, àquele ano.

Na coletiva, Grazi ainda relembrou a forma como o nascimento de sua filha, em 2012, impactou em sua vida e profissão: "A Sofia era o mascotinho da novela, ela estava em todas. Viajou para o Rio Grande do Norte, foi para a Guatemala, estava junto, parceira, geminiana, ama viajar."

"Nesse início, em que a gente estava viajando muito, foi delicioso. A gente tem mais tempo. A hora que a novela foi pro ar, a gente veio pro Rio foi sofrido. O primeiro ano dela eu fiquei praticamente fora de casa", continuou.

Em seguida, complementou: "Comecei a entrar em pânico por não conseguir ver ela acordada. Tive anjos da guarda trabalhando comigo, porque minha família não é do Rio. Minha babá foi mãe, também."

Estadão
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