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Alegria e saúde de Jô foram abaladas por sucessão de três acontecimentos tristes

Na reta final, apresentador e humorista estava conformado com a morte iminente e recusou manobras de ressuscitação

8 ago 2024 - 17h00
(atualizado às 17h03)
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O lançamento da série documental ‘Um Beijo do Gordo’, no Globoplay, rememorou histórias sobre a carreira e a intimidade de Jô Soares. A morte do comunicador completou 2 anos em 5 de agosto. 

A coluna conversou com um amigo dele, que pediu anonimato, para saber detalhes de seus anos finais. “Jô era um homem predestinado a ser feliz, mas foi abalado por profundas tristezas em sua última década”, diz a fonte. 

A primeira delas ocorreu em 31 de outubro de 2014, quando morreu o único filho do apresentador, Rafael Soares, de 50 anos, de seu casamento com a atriz Teresa Austregésilo. Ele era autista e foi mantido longe da imprensa na maior parte do tempo para evitar exposição desnecessária. 

Quatro dias depois da cerimônia de cremação, Jô voltou ao trabalho no estúdio da Globo. “Eu sofri o pesadelo de todo pai, a inversão da ordem natural das coisas, a perda de um filho”, disse na abertura do talk show. Pai e filho eram bastante ligados, especialmente por dividirem a paixão por música e rádio. 

Pouco depois, o apresentador não entrou em acordo com a emissora sobre a continuidade de seu programa. A última temporada terminou em dezembro de 2016. Ele não teve outra atração na TV. Fez algumas aparições em programas de amigos, como o de Pedro Bial. 

A saída da Globo, contra sua vontade, teve reflexos. “Acho que o coração dele ficou muito triste quando ele foi afastado da televisão”, afirmou um de seus melhores amigos, o diretor Nilton Travesso, na Jovem Pan. “Tudo isso provocou um pouco de tristeza no interior dele.” 

O recolhimento de Jô se tornou ainda maior a partir de 2020, com a pandemia de covid-19. Ele passou os últimos dois anos de vida quase isolado, convivendo com poucas pessoas e praticamente sem vida social. Entre os seletos com acesso a ele, sua ex-mulher, a publicitária Flávia Pedras (com quem assistia a filmes antigos todos os domingos), a jornalista Natuza Nery e o médico Drauzio Varella. 

Inteligente como poucos e sempre elegante, Jô Soares tinha consciência da proximidade da finitude. Disse aos privilegiados que o cercavam que era grato pela vida que teve. Pediu para não ser submetido a manobras de ressuscitação e determinou detalhes sobre o velório e a cremação. Viveu e morreu como um gentleman.

Jô Soares adorava os holofotes, mas, no fim da vida, preferiu sair de cena com máxima discrição
Jô Soares adorava os holofotes, mas, no fim da vida, preferiu sair de cena com máxima discrição
Foto: Memória Globo/Reprodução
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