Não tem dinheiro de falecido nenhum, diz Antônia Fontenelle
Em entrevista exclusiva ao Terra, atriz fala da polêmica herança de Marcos Paulo, do relacionamento com Jonathan Costa e de preconceito
“Escuto comentários como ‘ser magra, loira e rica com dinheiro do falecido é fácil’. Meu amor, não tem dinheiro de falecido nenhum, porque eu não recebi um centavo de nada”. A frase de Antônia Fontenelle mostra que ela é adepta do “sem papas na língua”, mesmo ao falar da divisão de bens do diretor Marcos Paulo.
A atriz recebeu o Terra em uma tarde no spa Sanndra Gomes, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, enquanto fazia tratamentos estéticos. O ritual semanal parece um pequeno intervalo na vida da loira, que, aos 41, está com casamento marcado para dezembro deste ano com Jonathan Costa, 19 anos mais novo. Antônia “dá uma banana” para o preconceito contra a diferença de idade e deixa um recado para quem a critica. “A inveja tem cara. Quem tem inveja fica com a pele opaca.”
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Terra: Você e Jonathan já moram juntos. Vocês se consideram casados? A festa seria somente uma formalidade?
Antônia Fontenelle: Estamos morando juntos há dois meses e namorando há oito. A festa de casamento para os amigos é só para formalizar mesmo. Na verdade, a gente se conheceu e não se desgrudou mais. Não ficamos “nessa” de se ver somente uma vez por semana.
Terra: Você deve receber muita cantada. O que o Jonathan tem de diferente? Como te conquistou?
Antônia Fontenelle: O Jonathan é muito maduro para a idade dele. Ele tem 21 anos, mas trabalha desde os sete. Ele se sustenta desde muito cedo, apesar de os pais terem condições. Ele fez questão de ser assim e admiro muito isso. É um grande pai, trabalha para pagar a pensão da filha.
No início, pedi para ele não contar nada para ninguém [sobre o relacionamento], mas quando uma jornalista o procurou ele acabou dizendo o que achava de mim. A matéria era a coisa mais linda. Ele falava super bem de mim e que, se dependesse dele, nós namoraríamos sim. Achei corajoso. Hoje em dia as pessoas estão tão covardes, está tudo tão descompromissado, bagunçado.
Terra: Nunca houve receio da sua parte por conta da idade?
Antônia Fontenelle: Não. Acho que, quando a pessoa não tem caráter ou boa índole, independe da idade. Agora, se você me perguntar, 19 anos é uma grande diferença? Sim, é uma grande diferença. Nós temos alguns gostos em comum, outros não. Aí vem outra pergunta. Ele tem 21 anos, será que já sabe o que quer? Acredito que sim, até porque ele não precisa de mim para absolutamente nada. Ele tem o que toda mulher gostaria de encontrar em um homem, que é a lealdade. Ele é parceiro, é família, se preocupa com meu filho.
Terra: Além da diferença de idade entre você e o Jonathan, há também preconceito por ele ter origem no funk?
Antônia Fontenelle: Muita gente acha um absurdo eu namorar um menino de 21 anos, que teve sua origem no funk, depois do Marcos Paulo. Meu amor, e daí? O funk tirou muita gente da droga, da favela. Cantores como Anitta, Naldo, Valesca, que hoje estão com suas mansões, têm que dar “graças a Deus” ao senhor Rômulo Costa [dono da gravadora Furacão 2000, em que Jonathan trabalha].
Terra: Também existia uma grande diferença de idade entre você e o Marcos Paulo. Você sentia tanto preconceito?
Antônia Fontenelle: Eu tinha 22 anos a menos que o Marcos, poderia ser filha dele. Nós viajávamos muito e, na Europa, as pessoas achavam estranho. Lá não estão acostumados a ver mulher mais nova com homem mais velho. No Brasil, isso já é normal. Agora, eu acho que o normal mesmo é cada um cuidar de sua vida. A frase, que não é minha, mas é perfeita, seria “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é” [de autoria de Caetano Veloso]. Se eu escolhi o Jonathan , tenho meus motivos. Não fico pensando quanto tempo vai durar. Que seja eterno e verdadeiro para os dois, enquanto dure. A vida é uma caixinha de surpresas. Não fico pensando se um dia ele vai conhecer outra mulher mais nova e me deixar. Até parece que homem mais velho não gosta de conhecer uma garotinha e largar suas esposas. Então, meu amor, eu vivo um dia de cada vez.
Terra: Uma gravidez agora está descartada?
Antônia Fontenelle: Sim. Eu fui pai e mãe do Samuel a minha vida inteira, tive uma gravidez muito conturbada. Eu era muito nova, era “dura” e o pai dele também. A criança veio, e a gente não segurou a onda de ficar casado. Quando me separei dele, o Samuel tinha 10 meses. O Fernando foi um bom pai, mas morreu quando o filho tinha apenas sete anos.
Terra: Quais os seus planos profissionais?
Antônia Fontenelle: Estou dirigindo a Thammy no programa dela e vou substituir a Solange Couto em um programa de culinária, enquanto ela estiver em Malhação. Também estou apresentando o "Na Lata", no You Tube, e na rádio. Muita gente pensa que, se não está fazendo novela, não está fazendo nada. Dependendo do papel, você só aparece duas vezes.
Terra: Com tantos projetos, como planejar a festa de casamento?
Antônia Fontenelle: Quero muito celebrar nossa união com uma festa grande, mas vou me abster o máximo que puder de detalhes, por que isso tudo é muito chatinho. Quero ser prática. Quero que as pessoas fiquem na cama pensando se levantam no dia seguinte de tanto que se divertiram na festa. Não quero nada com hora, tipo “começa as oito e termina às 10”, como aniversário de criança. Se o último convidado quiser ficar dançando até amanhecer, que fique.
Terra: O Jonathan é ciumento?
Antônia Fontenelle: Ele é muito mais que eu. Sou ciumenta no limite. Só não tolero invasão e falta de respeito.
Terra: O que seria uma invasão para você?
Antônia Fontenelle: É você estar com seu homem do lado, e a mulher começar a azarar. Mulher que faz isso merece uns tabefes. Mulher tem que se respeitar. Mulherada hoje em dia parece que se achou no lixo. Por isso a quantidade de "veado" está aí bombando. Eu tenho amigos heteros que me falam que estão ficando com nojo das mulheres, pela falta de noção. Eles me contam que, se saírem e não chamarem para transar, no dia seguinte são chamados de gays. É triste isso. Já o Jonathan fica reparando em quem está na foto comigo e fala: “olha, onde aquele cara está com a mão, hein?"
Terra: O que tira você do sério?
Antônia Fontenelle: A incompetência e a maledicência. Não gosto de gente fake. Tem gente que dá a alma para aparecer cinco minutos. Muitos fazem julgamento do que não sabem. Escuto comentários como “ser magra, loira e rica com dinheiro do falecido é fácil”. Meu amor, não tem dinheiro de falecido nenhum, porque eu não recebi um centavo de nada. Sempre trabalhei. Se sou magra é porque me alimento bem e não engulo sapo ou fico cuidando da vida dos outros. A inveja tem uma cara, quem tem inveja fica com a pele opaca.
Terra: Você sempre foi vaidosa?
Antônia Fontenelle: Não. Eu sou um molequinho, sempre fui. De um ano para cá, quando completei 40 anos, passei a me cuidar mais, mas não é como deveria.
Terra: Mas você está no seu peso ideal. Quer mudar ainda mais alguma coisa no seu corpo?
Antônia Fontenelle: Eu estou bem magrinha, porque não estou malhando. Quando malho, ganho massa muscular. Na verdade, sempre fui falsa magra. Gosto de estar magra, mas com o corpo definido.
Terra: Tem algum segredinho básico na sua alimentação?
Antônia Fontenelle: Não como bobagem, mas também não tenho tempo de me alimentar de três em três horas, que seria o ideal. A Sanndra [dona do spa onde Antônia recebeu o Terra] está cuidando da minha alimentação também. Ela me apresentou uns grãos bons para o intestino, que acho que vêm do Himalaia e são bem pequenos, parecem comida de passarinho. Não sou muito fã de doce. O Jonathan é chocólatra, se deixar, ele come um quilo. Já eu como um brigadeiro e fico enjoada. Acho adoçante uma ilusão. Uso açúcar granulado. O refinado passa por muito mais química e não é legal.
Terra: Esse pode ser um dos segredos de uma pele tão bonita?
Antônia Fontenelle: Não fumar me ajuda muito e o fato de não ter mais saco para sair à noite. Acho que só fui “de balada” quando cheguei no Rio de Janeiro, dos 18 anos aos 28. Gosto de ir a reunião na casa de amigos, essas coisas. Agora casada de novo, estou gostando muito de ficar em casa, trabalho muito e fico cansada. O Jonathan também não gosta de sair à noite, porque ele já trabalha à noite.
Terra: Qual seu sonho? O que você mais quer na sua vida?
Antônia Fontenelle: Meu lema é ser feliz. Não adianta você ter o melhor closet, se não tem alma. Quando eu fizer a “passagem”, quero que as pessoas falem “caraca, a Antônia era do ‘caralho’; “a Antônia era divertida, amorosa”; “a Antônia me ajudou”. Isso que eu quero passar para meu filho. Vim do sertão com bases muito fortes, que meus pais me ensinaram. Vim de lá carregando um muro de arrimo. Então ninguém me derruba. Ninguém me derruba mesmo.
Agradecimentos: Sanndra Gomes - Centro de Estética e Tratamentos Orgânicos
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