Aos 61 anos, tia de Angelina Jolie morre vítima de câncer de mama
A tia de Angelina Jolie, Debbie Martin, 61 anos, morreu de câncer de mama, nesse domingo (26), apenas duas semanas após a atriz ter revelado ao mundo sua decisão de fazer uma dupla mastectomia para evitar o câncer de mama. As informações são do jornal The Guardian.
Martin estava internada, em coma, em um hospital de San Diego, nos Estados Unidos. Ela era a irmã mais nova da mãe de Angelina, Marcheline Bertrand, que também morreu de câncer em 2007, um dos motivos para a atriz ter decidido fazer a mastectomia, da qual falou abertamente em artigo do New York Times, no dia 14 de maio.
De acordo com Ronald Martin, marido da tia de Angelina Jolie, Debbie tinha o mesmo gene defeituoso, o BRCA1, que Jolie tem, mas não sabia disso até 2004, quando recebeu o diagnóstico de que estava doente. "Se soubéssemos disso antes, certamente teríamos feito como Angelina", disse Ronald.
"Angelina manteve contato durante toda a semana e seu irmão Jamie nos visitou, dando apoio dia a dia. Ambos amavam muito Debbie. Apesar de Angie não ter conseguido vir agora, enviou seu amor e apoio, era muito agradável", contou.
Procedimento
Jolie explicou em seu artigo do New York Times que seu procedimento começou em 2 de fevereiro, com uma intervenção que exclui doenças nos dutos mamários, atrás dos mamilos, e atrai um fluxo maior de sangue para a região.
Duas semanas depois teve início a cirurgia principal, que é a remoção do tecido do seio, com o preenchimento temporário da mama. Passadas nove semanas, a operação foi completada com a reconstrução dos seios com um implante. “Houve muitos avanços neste procedimento nos últimos anos, e os resultados podem ser lindos”, afirmou a atriz.
A atriz diz que terminou, no dia 27 de abril, os três meses de procedimentos médicos envolvidos com a mastectomia - durante o período, Jolie disse que conseguiu manter sua vida pessoal e profissional.
Por ter o gene BCRA1, Jolie já planeja a retirada do ovário, também com o objetivo de prevenir um câncer no órgão. Médicos da atriz estimaram que, devido ao gene defeituoso, como classificaram, ela tem 50% de chances de desenvolver um tumor no local.
A retirada das mamas foi feita antes por causa do maior risco da doença nos seios - calculado em 87%. A mãe de Jolie, que morreu de câncer de mama quando tinha 56 anos de idade, foi uma das inspirações da atriz para a operação, já que temia não ficar com os filhos o tempo suficiente.
