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Após Anitta, Lula quer atrair mais famosos para reeditar o fenômeno ‘Lulalá’ de 1989

Enquanto isso, Bolsonaro, que sempre criticou a classe artística, encontra dificuldade de sair da bolha de apoio dos sertanejos

15 jul 2022 - 10h09
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Apoio de Anitta pode estimular mais famosos a entrar na campanha presidencial
Apoio de Anitta pode estimular mais famosos a entrar na campanha presidencial
Foto: Fotomontagem: Blog Sala de TV

Ao longo da quinta-feira (14), comentaristas de política da GloboNews, como Gerson Camarotti e Natuza Nery, analisaram o impacto das celebridades na campanha presidencial deste ano.

Para os jornalistas veteranos na cobertura de eleições, um “canhão de influência” como Anitta, que declarou voto em Lula, pode gerar valioso engajamento entre os eleitores jovens.

Estes, estão mais à esquerda do que à direita no espectro ideológico, e podem avolumar a campanha de seus candidatos nas redes sociais, seguindo a onda gerada por ídolos populares.

A tímida participação de artistas nas últimas corridas ao Palácio do Planalto contrasta com o forte ativismo de atores, apresentadores, cantores e outros profissionais das artes nas primeiras campanhas após o fim da ditadura militar.

O comitê petista pretende reeditar a mobilização de celebridades ocorrida em 1989. Naquela eleição, dezenas de personalidades se uniram para gravar o clipe de ‘Lulalá’, jingle que se tornou clássico.

Entre elas, Gal Costa, Chico Buarque, Djavan, Malu Mader, Betty Faria, José Mayer, Joana Fomm, Aracy Balabanian, Beth Carvalho, Claudia Abreu, Sandra Annenberg, Lucélia Santos e Elba Ramalho.

O programa de Lula no horário eleitoral era apresentado por Antônio Fagundes e houve a participação de vários outros artistas. Do lado de Fernando Collor, o nome mais famoso era o de Claudia Raia.

Uma versão de ‘Lulalá’ foi produzida este ano pela mulher do ex-presidente, a socióloga Janja Silva, com a presença de Zélia Duncan, Pabllo Vittar, Martinho da Vila, Maria Rita, Duda Beat, Chico César, entre outros.

Pessoas próximas ao candidato querem que a propaganda no rádio e na TV, a partir de 26 de agosto, tenha muitos rostos conhecidos para chamar a atenção do público, gerar manchetes na mídia e repercussão nas redes sociais.

Tradicionalmente, a maior parte dos membros da classe artística é de esquerda. As recorrentes críticas de Jair Bolsonaro contra as supostas ‘mamatas’ dos profissionais da área com verbas públicas aumentaram a adesão de personalidades conhecidas à campanha lulista.

Enquanto isso, o atual presidente aposta todas as fichas no ambiente dos sertanejos, onde o pensamento de direita e o conservadorismo são predominantes. Fora dali, Bolsonaro ganhou o voto declarado de alguns influenciadores polêmicos e famosos sem tanto status.

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