Após eutanásia de Antonio Cicero, Marina Lima confessa: 'Foi duro, mas entendo'
A cantora Marina Lima, irmã do escritor Antonio Cicero, desabafou sobre a morte assistida do intelectual, que aconteceu em outubro de 2024; veja
Na noite deste sábado (8), a cantora Marina Lima abriu o coração no Altas Horas, da Globo, ao falar sobre a morte assistida de seu irmão, Antonio Cicero. O escritor, compositor e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) morreu em outubro de 2024 por eutanásia.
Antes de sua morte, o intelectual brasileiro já convivia com alguns problemas de saúde, como o Alzheimer. Foi esse, um dos fatores, que o fez se submeter a um procedimento de morte assistida na Suíça.
"Há pouco tempo, o Cícero, com 80 anos, optou em fazer um procedimento que no Brasil não é permitido, mas que em países desenvolvidos como a Suíça e a Holanda é, que é uma morte assistida. [...] E ele optou por escolher a hora da morte dele. De certa forma, a morte do Cícero faz parte da obra dele. Ele não queria, depois de 80 anos brilhantemente vividos, ficar em um mundo sem memória. Como ele sentiu que o tempo dele tinha dado aqui, ele fez uma coisa permitida na Suíça", disse ela.
Para mim, como irmã, foi duro, mas entendo ele", declarou Marina, sobre os seus próprios sentimentos diante da decisão do irmão sobre a morte.
Por fim, a cantora foi além e lembrou da importância do irmão na sua carreira como cantora: "Ele compôs a maioria dos sucessos que gravei, que eu canto."
Na época da morte do irmão, Marina fez uma homenagem emocionante. Em suas redes sociais, a artista publicou uma poesia que fez ao amado parente e, apesar da dor, parabenizou a atitude do irmão.
"Estou bem. Entendo meu irmão. Cícero foi coerente com tudo que pensava. Desde o fim. Eu fico aqui. Ainda me sinto potente pra próxima parada. E obrigada, gente, por tanto carinho", escreveu ela na legenda de uma foto publicada no Instagram. O trecho faz referência a um poema que ela escreveu com o irmão, Próxima Parada. Saiba mais!