Ator Jorge Loredo, famoso por Zé Bonitinho, morre no Rio
O humorista estava internado com problemas pulmonares desde o início de fevereiro
O humorista carioca Jorge Loredo, famoso por seu personagem Zé Bonitinho, morreu na manhã desta quinta-feira (26), no Rio. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital São Lucas, em Copacabana, o ator de 89 anos faleceu às 5h por falência múltipla de órgãos.
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Loredo estava internado desde o último dia 3 de fevereiro na Unidade Cardio Intensiva (UCI). De acordo com o obituário, ele sofria com doença pulmonar obstrutiva crônica grave e enfisema pulmonar.
Loredo nasceu em Campo Grande, no Rio, em 7 de maio de 1925 e, além de ator, era também advogado. Ele ficou famoso por seu personagem Zé Bonitinho, criado na década de 1960. O topete, os ternos coloridos, o olhar "charmoso" e os vários bordões do galanteador são reproduzidos até hoje, como "O chato não é ser bonito, o chato é ser gostoso", "Hello mulheres do meu Brasil varonil" e "Zé Bonitinho, o perigote das mulheres".
Ele contou em entrevista de 2010, que desconhecia ter essa veia para o humor tão apurada, mas que o sucesso de Zé Bonitinho - criação inspirada em um amigo de adolescência do ator - e a ajuda de Manoel de Nóbrega e o mestre Chico Anysio o "convenceram" de que investir no personagem seria o caminho certo. O personagem durou 50 anos até 2010 quando Loredo ainda o interpretava em A Praça é Nossa, do SBT.
No cinema, sua última atuação foi no premiado O Palhaço (2011), ao lado de Selton Mello. Mas ele também esteve no elenco de Chega de Saudade (2008), Câmera, Close (2005), um documentário sobre sua vida, O Abismo (1977), Um Caso de Polícia (1959), entre vários outros.
Filho de um comerciante, Loredo teve uma infância e adolescência difíceis por causa de uma série de doenças. Aos 12 anos, foi diagnosticado com osteomielite na perna esquerdada, uma infecção óssea que causa dor e dificuldade de movimento, que o perseguiu até os 46 anos.
Aos 18 anos, Loredo já sofria com problemas pulmonares, e no início da vida adulta, acabou internado em um sanatório por causa de uma tuberculose. O humorista fumou dos 12 aos 80 anos.
Além do palco, Loredo, que foi pai duas vezes, também trabalhava como advogado no Sindicato dos Artistas do Rio de Janeiro, além de atuar na áreas de direito previdenciário e trabalhista.