Ator que pediu ajuda para antecipar sua morte ressurge após meses recluso
Considerado um dos homens mais bonitos do cinema, Alain Delon vive um martírio após sofrer derrames cerebrais
Em seu perfil numa rede social, Anouchka Delon postou fotos do pai, Alain Delon, ator francês que encantou gerações de espectadores com seus impressionantes olhos azuis e o poder de sedução.
“Sempre lindo. Sempre impecável. Sempre elegante. Como um bom vinho”, escreveu a herdeira e cuidadora do lendário galã, hoje com 88 anos e vivendo com complicações de doenças físicas e mentais.
O artista não faz mais aparições públicas. Vive em uma propriedade no norte da França. Há dois anos, na última entrevista, surpreendeu ao revelar o desejo de ter morte assistida na Suíça, onde o procedimento usando dose letal de medicamentos é permitido.
Ele quer seguir o exemplo de um amigo, o cineasta Jean-Luc Gordard, vencedor de um Oscar Honorário, que recorreu ao polêmico método para antecipar seu fim aos 91 anos em 2022.
“Tomei minha decisão faz tempo. Minha vida foi bela, mas também difícil”, explicou Delon. Em guerra por conta da herança equivalente a R$ 800 milhões, os três filhos de Delon não entram em acordo sobre o desejo do pai.
Desde abril, por decisão judicial, o ator não toma nenhuma decisão sobre a própria vida. Foi considerado incapaz devido às limitações cognitivas. Em uma das fotos divulgadas dias atrás, nota-se um olhar triste, mas firme, e a expressão de sofrimento.
Alain Delon visitou o Brasil algumas vezes. Flertou com várias famosas e teve um romance com a atriz Norma Bengel, que décadas mais tarde interpretaria a dona Deise do seriado 'Toma Lá Dá Cá'. No Rio, brincou um Carnaval e fez plástica na área dos olhos com o renomado cirurgião Ivo Pitanguy. Em Salvador, disse que sonhava conhecer a Bahia desde a infância