Atriz da Globo morta em famoso naufrágio vai aparecer em série sobre a tragédia 

Começou a ser gravada no Rio a série documental sobre o naufrágio do Bateau Mouche IV na Baía de Guanabara em 31 de dezembro de 1988. A direção é de Tatiana Issa e Guto Barra, responsáveis por ‘Pacto Brutal – O Assassinato de Daniela Perez’, uma das produções jornalísticas de maior repercussão em 2023. As duas séries são da Max (ex-HBO Max). 

O acidente ocorrido às 23h50, pouco antes da queima de fogos na orla carioca, matou 55 pessoas. Entre elas, Yara Amaral, uma das mais respeitadas atrizes de sua geração. Tinha 52 anos e deixou dois filhos. Sua mãe, dona Elisa, também foi vítima da tragédia. 

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Pouco mais de 1 mês antes, Yara Amaral estava no ar na novela ‘Fera Radical’, um dos maiores sucessos na faixa das 18h da Globo. Ela interpretou a vilã Joana Flores, rival da mocinha Cláudia, vivida por Malu Mader. 

Na trama, Joana morre acidentalmente com um tiro ao tentar matar a jovem. Foi um dos melhores trabalhos de Yara em uma carreira bem-sucedida, com reconhecimento de crítica e público. 

O desastre do Bateau Mouche IV gerou longa cobertura nos telejornais. O primeiro repórter de TV a acompanhar o resgate foi Renato Machado. 

“Nós gravamos tantos corpos ali que teve uma hora que eu, chocado com tudo aquilo, disse para a gente ir embora. Nós estávamos com um material que ninguém tinha. Enfim, foi uma cena dantesca”, disse o veterano ao projeto ‘Memória Globo’. 

Ao longo de muitos anos, o jornalismo acompanhou a luta das famílias das vítimas e dos sobreviventes pela condenação pelos responsáveis pelo naufrágio. Menores na época do acidente, os filhos de Yara Amaral conseguiram uma indenização depois de mais de 20 anos à espera de justiça.