Atriz evangélica capa de ‘Playboy’ dá lição em musas arrependidas por nudez
Sônia Lima comenta com elogiável sinceridade a relação entre o passado de símbolo sexual e a vida atual como crente
Entrevistada no ‘A Tarde é Sua’, de Sonia Abrão, na RedeTV!, Sônia Lima foi questionada se há constrangimento por ter posado nua duas vezes para a revista ‘Playboy’.
“Eu não posso me arrepender, meu amor. A primeira deu a casa dos meus pais. A segunda foi o dinheiro que deu o ‘start’ (início) na nossa vida para construirmos o patrimônio que temos hoje. Nada foi fácil.”
O primeiro ensaio aconteceu em abril de 1987. Jurada do ‘Show de Calouros’, Sônia teve a ajuda do patrão Silvio Santos. Ele fez a negociação com a direção da revista para que sua protegida recebesse o melhor cachê possível.
A edição se tornou um sucesso de vendas. Em 1991, já casada com o colega de programa Wagner Montes, a atriz recebeu novo convite da ‘Playboy’. Estampou a capa da edição especial de dezembro daquele ano.
Várias famosas que exploraram a própria sensualidade e fizeram fotos para o público masculino passaram a renegar o passado após a conversão religiosa. A atriz Karina Bacchi revelou sentir “nojo” pelas fotos de nudez.
“Eu sou cristã, sou convertida, sou evangélica, mas não posso apagar essas revistas da minha vida”, afirmou Sônia Lima. “Eu estaria sendo uma pessoa hipócrita. Não posso fingir aqui uma santa.”
O caso de Sônia Lima é clássico: aproveitou a beleza para mudar a realidade econômica da família. Nenhum demérito. Pelo contrário, foi uma atitude altruísta.
“Aquilo me tirou do desespero na época. Eu não precisei me prostituir, não precisei me vender. Era o que eu tinha e podia fazer”, disse.
Até onde se sabe, nenhuma das musas arrependidas da ‘Playboy’ se prontificou a devolver ou doar o dinheiro recebido da revista. A compunção ficou restrita à retórica religiosa.