Atriz indiana de 25 anos é encontrada morta após chorar em live com fãs
Episódio com Akanksha Dubey suscita discussão sobre a instalação de dispositivos nas redes sociais para prevenir o suicídio
A equipe de filmagem estranhou quando Akanksha Dubey não apareceu na hora de rodar algumas cenas. Com uma chave mestra, abriram a porta de seu quarto de hotel em Varanasi. Encontraram a atriz sem vida, pendurada pelo pescoço no ventilador do teto.
A tragédia ocorrida em 26 de março comoveu Bollywood, a popular indústria cinematográfica da Índia. Artista em ascensão, ela tinha 2 milhões de seguidores no Instagram e estava com a agenda de trabalho cheia.
Foi justamente em uma rede social que foi vista com vida pela última vez. Em uma transmissão, Akanksha Dubey parecia chateada e chegou a chorar ao interagir com alguns admiradores.
Amigos disseram que a jovem artista não exibia sinais de depressão tampouco indicava tendência suicida. Parece que ela era mais autêntica com os fãs na internet, onde se permitia mostrar fragilidade e sentimentos negativos.
Investigada pela polícia como possível suicídio, a morte da atriz gera uma discussão global pertinente no momento em que o governo e as autoridades brasileiras trabalham para definir a regulação das plataformas digitais.
A morte de Akanksha Dubey poderia ter sido evitada se houvesse um alerta da rede social ao notar – por inteligência artificial, por exemplo – o estado emocional alterado na live? Os usuários que perceberam a tristeza profunda deveriam ter feito algo para salvá-la?
Assim como, décadas atrás, houve forte questionamento a respeito do impacto da televisão na saúde mental das pessoas, agora precisamos debater a influência das redes sociais e a responsabilidade das empresas de tecnologia presentes na vida virtual de todos nós.
Pessoas já se mataram ao vivo em lives. Outras estavam em nítida crise antes de colapsar, assim como a atriz indiana. Algo precisa ser feito. As redes sociais lidam com a vida humana e precisam fazer sua parte para preservá-la.
Em casos de urgência, o CVV oferece ajuda emocional e prevenção ao suicídio. A ligação é gratuita: digite 188. Pessoas em sofrimento psíquico devem procurar um psiquiatra ou psicólogo para uma avaliação e possível tratamento.