Atriz Mônica Martelli sugere sexo com hora marcada: “Os casais adiam o afeto”
Tática permite que o encontro amoroso aconteça apesar dos problemas rotineiros que enfraquecem a paixão, afirma a artista
No seriado ‘A Grande Família’, Lineu (Marco Nanini) e Nenê (Marieta Severo) costumavam marcar dia certo para fazer amor. Era uma maneira de não se acomodar após décadas de casamento.
A atriz, humorista e dramaturga Mônica Martelli defende essa dinâmica. “Li uma matéria de uma terapeuta que achava saudável para o casal em crise ou com vida muito atribulada marcar um dia para transar”, explicou no podcast ‘Vi na Vivi’, da jornalista Vivi Mascaro.
“Chega em casa, você resolve problemas, fala de filho, escola, e o encontro amoroso desaparece. Então se você marcar um dia para resgatar o romance... Senão transa como, depois de anos casada? Achei inteligente ter essa combinação.”
Na peça ‘Minha Vida em Marte’, Mônica interpreta Fernanda, uma mulher na busca pela salvação do casamento. A temática está em sintonia com a opinião da artista a respeito do estímulo à intimidade no relacionamento.
“O encontro amoroso vai ficando muito escasso dentro do casamento. Um amigo meu, filósofo, diz que quando a gente tá casado, a gente adia o afeto. A pessoa dorme (ao seu lado) e você diz ‘amanhã, transo amanhã’... A gente adia o afeto porque tem uma certeza daquela relação.”
A artista cita o próprio exemplo para a sustentar a teoria da transa agendada. “Pra quem namora, como eu, basicamente tem dia pra transar. Se eu encontro meu namorado toda sexta e sábado, eu tenho dia pra transar, concorda?”, explica, referindo-se ao empresário Fernando Altério.
“Por que namorar é bom? Porque você tem o dia de encontrar, sabe que vai beber um vinho, ficar num clima romântico, não vai chegar levando problema... O casamento tem tantos problemas que impossibilitam a paixão. Se você não se esforçar (para o encontro amoroso), não acontece.”
Com a experiência de quem já enfrentou os altos e baixos de um casamento longo, Mônica Martelli diz que ninguém deve se culpar pela perda do apetite sexual.
“Quando a gente casa, quer que dê certo. Ninguém casa para se separar. A gente luta pra dar certo. Então, quando vem a rotina, todas as intolerâncias diárias, o acúmulo de mágoas... há diminuição de libido.”