Batalha legal entre Johnny Depp e Amber Heard envolve Hollywood
A batalha de processos travada entre Johnny Depp e sua ex-esposa Amber Heard virou um tapete vermelho de Hollywood.
Iniciado por um processo de US$ 50 milhões aberto por Johnny Depp contra Amber Heard em março de 2019, devido a um artigo sobre violência doméstica escrito pela atriz no jornal Washington Post, a briga acabou rendendo um contra-ataque de Heard, que deu entrada em outro processo de US$ 100 milhões contra Depp. Ambos alegam que um difama o outro.
A disputa terá uma tentativa de conciliação em 24 de março, mas já tem data para ir a julgamento em 11 de abril. Os dois querem levar o caso ao tribunal e ambos apresentaram uma lista enorme de testemunhas.
Entre outros, Depp listou o ator James Franco ("Artista do Desastre") e o magnata Elon Musk, dono da Space X, para testemunharem sobre seus supostos casos com sua ex-esposa, além do ator Paul Bettany ("WandaVision") por ter acompanhado as brigas como seu amigo.
Tendo dado um depoimento contundente no caso de difamação perdido por Depp no Reino Unido há quase dois anos, a atriz Ellen Barkin ("Animal Kingdom") está na lista de testemunhas de Heard neste julgamento, assim como o ex-advogado demitido (e processado) por Depp, Jacob Bloom, e representantes dos estúdios Disney e Warner Bros.
A relação de evidências que serão trazidas à corte inclui vários e-mails privados de Heard com o astro de "Aquaman", Jason Momoa, e o diretor daquele filme, James Wan, além de correspondência da atriz com o diretor de "Liga da Justiça", Zack Synder. Por outro lado, e-mails entre Depp e a criadora da franquia "Animais Fantásticos", JK Rowling, bem como mensagens para o músico Jack White, também estão incluídos.
Há ainda horas de imagens de câmeras de segurança, além de várias fotografias de Heard aparentemente machucada, de destruição causada por Depp surtado e de drogas supostamente pertencentes aos ator.
O resultado deste embate deve ser uma exposição da intimidade do ex-casal ainda maior - e mais grotesca - que a revelada no julgamento de 2020, movido por Depp no Reino Unido contra o jornal The Sun por publicar um artigo que o chamava de "espancador de esposa". Depp perdeu esse processo.
Em seu veredito, o juiz inglês considerou que as afirmações do jornal eram "substancialmente verdadeiras" porque "a grande maioria das supostas agressões foi comprovada".
Além de perder a causa, Johnny Depp foi ordenado a pagar cerca de 628 mil libras (aproximadamente R$ 4,3 milhões) ao The Sun para cobrir as despesas jurídicas do jornal com o processo.