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BBB22: DG pode responder por intolerância religiosa a Lina

Caso equipe da sister acione Justiça, ator pode cumprir 1 ano de reclusão ou pagar multa

1 mar 2022 - 11h32
(atualizado às 12h09)
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Douglas Silva do BBB22
Douglas Silva do BBB22
Foto: Reprodução Instragram

Um comentário de Douglas Silva no 'BBB22' sobre a fé de Linn da Quebrada não foi bem recebido nas redes sociais. Em conversa com Pedro Scooby, o ator chamou um presente da cantora ao surfista de “mandinga” e alegou que isso era o motivo de o mesmo não conseguir dormir por dias consecutivos. 

Nas redes sociais, o posicionamento de Douglas Silva - por mais que proferido em tom de brincadeira - não foi bem visto. Muito pelo contrário, houve quem o acusasse de intolerância religiosa.

Para Levindo Queiroz Neto, advogado especialista em ciências penais e compliance anticorrupção, sócio fundador do escritório LQN advocacia, caso a equipe de Linn da Quebrada acione formalmente a Justiça, Douglas Silva pode sim responder por intolerância religiosa e ser penalizado de acordo com a lei e prejuízo gerado à participante.

“Atualmente, a pena mínima é de um mês de detenção. Sendo a máxima, de um ano de prisão. Ou multa”, explica Levindo, que complementa. “Se houver violência, a pena aumenta 1/3, nos termos do artigo 208 do Código Penal”.

Para o especialista, apesar de parecer pequeno - o comentário de Douglas -, a intolerância religiosa é caracterizada pelo simples fato de ofender, desrespeitar, impedir ou negar a crença e a prática religiosa de outra pessoa - o que, por vias, foi feito.

O advogado ainda orienta que qualquer um que sinta-se ofendido por este tipo de crime procure imediatamente um defensor e as autoridades, como a polícia militar, para formalizar a queixa e “tomar providências contra o ofensor”.

O lado de Linn da Quebrada

Linn da Quebrada trajada com vestes características de sua religião
Linn da Quebrada trajada com vestes características de sua religião
Foto: Reprodução Instagram

Em resposta à repercussão do episódio, a equipe de Linn compartilhou um texto sobre a origem da palavra “mandinga” e pediu respeito à religião da sister. 

“Eu respeito o seu amém, você respeita o meu axé? Lina é uma mulher de candomblé. Uma mulher de fé", diz um trecho do comunicado.

"Mandinga sendo colocada em um tom pejorativo diz muito sobre a falta de informação de quem fala e sobre como preconceitos e estereótipos são reproduzidos”, analisa a equipe da sister, que não evidenciou se haverá ou não queixa formal.

Esta não é a primeira vez que um caso de intolerância religiosa toma grandes proporções no ‘BBB’. Em 2019, Paula Sperling chegou a ser indiciada após fazer um comentário nada lisonjeiro sobre a religião de matriz africana de Rodrigo França. Um inquérito foi aberto, a sister prestou depoimento e depois o caso foi arquivado.

Fonte: Redação Terra
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