Cazé experimenta o gosto amargo de ganhar fama e poder na mídia
Comentários infelizes em sua equipe na cobertura da Olimpíada de Paris fazem o streamer ser alvo de inédita hostilidade
Primeiro, o comentário em tom de fofoca, e que causou mal-estar no estúdio, de Nathaly Dias, a Blogueirinha de Baixa Renda, sobre suposta briga amorosa entre jogadoras da Seleção de vôlei.
Depois a opinião com teor pejorativo e sexualizado de Guilherme Beltrão, provavelmente tentando fazer humor, a respeito de atletas do nado sincronizado.
Em pouco mais de uma semana dos Jogos Olímpicos de Paris, a CazéTV repercutiu mais por estas duas polêmicas do que pela cobertura das competições e dos bastidores do evento.
Após merecidos elogios por construir seu império de comunicação na internet, Casimiro Miguel conhece o lado sombrio de conquistar sucesso na mídia: virar vitrine para as pedras que, cedo ou tarde, serão atiradas de todas as direções.
Os episódios controversos deram munição a quem sente inveja de Cazé e estava a postos para criticá-lo na primeira oportunidade. Uma dinâmica vivida por quase todos os grandes streamers, a exemplo de Felipe Neto, Whindersson Nunes e Virgínia Fonseca.
No Brasil, ninguém fica incólume após ganhar grande destaque. Paga-se preço alto pela visibilidade privilegiada e os milhões que caem na conta bancária. A desprezível cultura do cancelamento não perdoa ninguém, nem um ‘boa gente’ como Casimiro.
Vivemos numa sociedade radicalizada em que não basta um pedido de desculpas. O tribunal da internet quer punição severa de quem errou. Deseja ver a derrocada alheia. Há prazer sádico em colaborar para a destruição da imagem e da biografia da pessoa na berlinda. Tempos sinistros.