Coágulo cerebral na gravidez: entenda o episódio enfrentado pela atriz de Mulher Maravilha
Gal Gadot, atriz que interpreta a Mulher Maravilha nos cinemas está internada com um coágulo cerebral na gravidez
Gal Gadot, conhecida por interpretar a Rainha Má no live-action de Branca de Neve, revelou recentemente um episódio grave de coagulação cerebral ocorrido durante sua gravidez. A atriz contou que, devido à condição, perdeu temporariamente a visão e a audição, trazendo à tona um tema essencial, mas pouco discutido: os riscos de trombose cerebral durante a gestação. Especialistas alertam que, embora rara, essa complicação pode trazer consequências graves para a saúde da mãe e do bebê, reforçando a necessidade de acompanhamento médico rigoroso.
O QUE É A COAGULAÇÃO CEREBRAL?
Segundo matéria da revista Glamour, durante a gravidez, o corpo feminino passa por diversas transformações fisiológicas para garantir o desenvolvimento do feto, incluindo um aumento na coagulação sanguínea. Esse processo, conhecido como hipercoagulabilidade, reduz o risco de hemorragias no parto, mas também pode favorecer a formação de coágulos. Segundo a ginecologista Fernanda Torras, "a trombose pode ocorrer no cérebro ou em outros órgãos durante a gestação e no puerpério - este último sendo uma fase de risco ainda maior". Alguns fatores podem intensificar esse perigo, como tabagismo, obesidade, doenças autoimunes, idade materna avançada, e histórico de gestações complicadas, incluindo pré-eclâmpsia e abortos de repetição.
Um dos desafios no diagnóstico de coágulos cerebrais em gestantes é a semelhança dos sintomas com desconfortos comuns da gravidez. Muitas mulheres experimentam dores de cabeça frequentes, o que pode dificultar a identificação de sinais de alerta. No entanto, a neurologista Vanessa Gil destaca que "o coágulo cerebral, dependendo da localização e extensão, pode gerar sintomas persistentes, como dor de cabeça intensa, visão turva, perda da fala, tontura severa e até convulsões". Esses sintomas não devem ser ignorados e requerem avaliação médica imediata para evitar complicações mais graves.
Caso haja suspeita de trombose cerebral, exames como ressonância magnética com contraste e angiotomografia de crânio são fundamentais para confirmar o diagnóstico. O tratamento pode incluir o uso de anticoagulantes e controle da pressão arterial, enquanto casos mais graves podem exigir procedimentos como a trombectomia mecânica, que remove o coágulo por meio de um cateter. "Em algumas situações, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica, dependendo da localização e extensão do coágulo", explica a neurologista.
A prevenção é a melhor forma de reduzir os riscos. Manter uma boa hidratação, evitar longos períodos sem movimentação, controlar a pressão arterial e realizar o pré-natal de forma adequada são medidas essenciais. Mulheres com histórico de trombose ou trombofilias podem precisar de anticoagulação preventiva com heparina de baixo peso molecular. O caso da atriz ressalta a importância do acompanhamento médico contínuo, garantindo que futuras mães possam identificar e tratar precocemente qualquer anormalidade, assegurando uma gestação mais segura para elas e seus bebês.