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Com Glória Pires, nova comédia fala sobre "cura da celulite"

Antonia Morais estreia dobradinha com a mãe no cinema em longa que fala sobre a 'cura da celulite' e outras loucuras em nome da beleza

12 nov 2014 - 10h37
(atualizado às 10h38)
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Cris D’Amato - Quer fazer um filme comigo?

Glória Pires – Quero sim.

Foi, assim, com uma simples troca de mensagens por Whatsapp, que começaram as conversas entre a diretora Cris D’Amato e a atriz Glória Pires para filmarem a comédia Linda de Morrer. “Eram mais ou menos umas dez e meia da noite, mandei um whats app pra ela. E ela disse: ‘quero’. Quase morri”, contou a diretora em entrevista à imprensa nesta segunda-feira, em um dos sets de filmagem do longa, numa mansão no barro de Santa Tereza, no Rio.

Foto: Páprica Fotografia

O filme entra agora na última semana de gravações, iniciadas em 20 de outubro, e ainda tem no elenco a filha de Glória, Antonia Morais. É em torno das duas, estreando a dobradinha no cinema, que vai orbitar a história de Linda de Morrer. A montagem mostra, de forma sutil e descolada, o que os exageros com a preocupação estética podem causar. Cris D’Amato resume a ideia:

“O filme conta a história de Paula (Glória), uma dermato internacionalmente conhecida que desenvolve um remédio anti-celulite. Ela acaba morrendo sob o efeito colateral do medicamento, chamado Milagra”, relata. A partir daí, a saga da médica é tentar evitar que o produto seja comercializado e cause danos a outras mulheres.

Mas, para conseguir seu intento, ela precisa se comunicar com a terra. Daí entra o personagem Daniel, de Emílio Dantas, que, apesar de cético, tem poderes mediúnicos e irá fazer a ponte entre a médica e a filha, Alice. Para contar a história, ainda estarão em cena os atores Priscila Marinho, Alexandre Moreno, Viviane Pasmanter, Angelo Paes Leme, Suzana Vieira, Estela Miranda e Pablo Sanábio.

Além da saga por barrar seus sócios, que insistem em colocar o remédio no mercado, Paula tenta acertar contas com a filha. Afinal, antes de morrer, numa briga entre as duas, ela dispara para a jovem: “você não merece a mãe que tem”. Em vida, ela não conseguia entender a visão romantizada que a filha tinha sobre a beleza. A filha, por seu lado, achava que a mãe famosa fazia tudo apenas por dinheiro e glamour. O filme vai mostrar que, nas duas pontas, as coisas não eram bem assim.

Na verdade, a gente conta uma história em que todos se transformam. A mãe aprende depois da morte que a vida não é só aquilo. A filha, que achava que tudo que a mãe fazia era por fama e dinheiro, também revê as coisas e vê que, na verdade, ela ia em busca de sustentar a família”, comenta a diretora.

Na mesma entrevista, Antonia Morais disse que, como no filme, tem aprendido a ver a mãe de uma forma diferente, passando a entender mais o “papel” de Glória. Contida e de poucas palavras, a atriz, de 22 anos, disse que ainda não conseguiu avaliar se é mais complicado trabalhar ao lado da mãe, já que é  a estreia dela em cinema. “A maioria do dia a gente fica aqui (no set). E cada uma vai para sua casa e depois está aqui de novo às seis e meia da manhã”, comenta, ao responder se costuma pedir opinião da mãe sobre o desempenho em alguma cena.

Beleza em xeque

A diretora se nega a colar no filme o rótulo de uma montagem “crítica” ao mercado da beleza e às mulheres que não aceitam envelhecer. “É uma realidade. É, na verdade, uma crítica à falta de cuidado com uma situação que pode matar. Uma cirurgia, por exemplo, pode modificar seu organismo. Tem uma hora que tem que dar uma parada”, comenta. “Mas eu não sou contra não. Se tiver que fazer eu faço”, emenda, aos risos.

Para Priscila Marinho, cuja personagem, a doméstica Jaci, entra num surto hilário, ao consumir o tal Milagra, muitas vezes as pessoas entram na onda de fazer plástica e cometer exageros como resposta à sociedade: “A gente faz porque está vendo em todos os lugares. Você vê o padrão e fica meio maluco. É uma consequência (do que a sociedade dita)”, afirma. Ela ainda emenda que pretende perder alguns quilinhos, seja fazendo cirurgia ou pelo método mais antigo e tradicional: “fechando a boca”.

Além de conferir o toque pessoal de Cris D’Amato – escolada em comédias - à direção, o filme também desperta a natural curiosidade sobre a dobradinha entre Glória e Antonia. Com intenção de tirar qualquer suspeição sobre a escalação da atriz, a diretora manda seus recados: “A Antonia passou por diversos testes. É uma menina talentosíssima e segue os passos da mãe. Acho muito cruel essa história de que só porque é filha não poder fazer. Às vezes, ótimas atrizes não tem oportunidade por serem filhas”. 

Foto: Páprica Fotografia

Foto: Páprica Fotografia

Foto: Páprica Fotografia

Foto: Páprica Fotografia

Foto: Páprica Fotografia

fotos: Páprica Fotografia

Fonte: Especial para Terra
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