Como está a 'casa abandonada' de Higienópolis 5 meses após viralizar
Imóvel em bairro nobre de SP virou cenário de matérias de TV e atraiu milhares de curiosos
Quem passa pelo número 1.111 da rua Piauí, em Higienópolis, bairro caro da zona central de São Paulo, vê uma situação bem diferente daquela agitação de meses atrás.
Agora, o casarão da década de 1930 com arquitetura eclética, que remete aos antigos palacetes de famílias tradicionais paulistas, não atrai mais atenção.
O imóvel ganhou fama nacional com o podcast 'A Mulher da Casa Abandonada', do jornalista Chico Felitti, a respeito de Margarida Bonetti, suposta fugitiva do FBI por manter uma empregada brasileira em situação análoga à escravidão quando morava nos EUA.
Assim que o relato da história viralizou, pessoas passaram a se concentrar dia e noite diante da construção decadente a fim de fazer fotos e vídeos para redes sociais, e na expectativa de ver a estranha personagem.
Após semanas de superexposição na mídia e uma operação para resgatar alguns animais de estimação, Margarida se mudou. Para onde? Ninguém sabe. Um novo mistério.
O casarão passou por uma limpeza geral, com a remoção de muito lixo e sucata. A janela lateral, onde a mulher costumava espiar o movimento da rua, continua entreaberta.
A polícia não deixa mais uma viatura de plantão para evitar invasão e tumulto. Os vizinhos de classe média-alta voltaram a circular livremente, sem precisar desviar de equipes de TV. Não há mais congestionamento provocado pelos motoristas bisbilhoteiros.
Não há previsão de a antiga moradia da família Bonetti ser tombada pelo Patrimônio Histórico. Poderia ser vendida para reforma ou demolição. Corretores dizem que o terreno vale cerca de R$ 7 milhões.
Mesmo 'esquecida', a casa de Higienópolis tem lugar garantido na galeria de imóveis com fama bizarra de SP, assim como o Castelinho da Rua Apa (onde teria ocorrido um terrível crime em família) e a mansão do clã de Suzane Von Richthofen (local do assassinato dos pais dela).