Conheça Adriane Yamin, 'namorada secreta' de Ayrton Senna
Na época, ela tinha 15 e ele 24; família fez acordo com piloto para preservar virgindade da moça
Ayrton Senna (1960-1994) ganhou notoriedade por seu desempenho nas pistas e pelos romances da vida pessoal. Nesta sexta-feira, 29, estreia uma série na Netflix, que recebeu o nome de Senna, que deve abordar essas e outras camadas da vida e obra do tricampeão mundial de Fórmula 1.
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Além da relação com Xuxa Meneghel e Adriane Galisteu, é esperado que a produção retrate seu primeiro casamento, que acabou quando ele tinha 23 anos, e também o 'romance secreto' com Adriane Yamin.
Conheça Adriane Yamin, a namorada secreta de Ayrton Senna
Nascida em 1969, Adriane Yamin, é filha do empresário Amilcar Yamin, fundador da marca Corona, que é fabricante de duchas. Ela conheceu Ayrton Senna nos anos 1980, após ele terminar o breve casamento com Lilian Vasconcellos.
O namoro ocorreu por intermédio das famílias, que conviviam nos mesmos espaços. Senna e Adriane, inclusive, se conheciam há anos, mas apenas começaram a namorar em meados de 1984, quando ela tinha 15 anos e ele tinha 24. A diferença de idade, na época, não foi um problema para ambas as partes.
"Como um rapaz de 24 anos se encanta por uma menina de 15? Eu era uma criança. Ele foi meu primeiro beijo, aprendi a beijar com ele e funcionou muito bem. Ele era muito brincalhão, e sou de uma família muito brincalhona. Eu estava sempre de olho para ver o que ele estava aprontando e me divertia junto. Sou muito amorosa, ele também era. Ele tinha uma coisa de conquistar a confiança pelo olhar, pelo jeito de ser", escreveu Adriane em livro.
Por causa da idade da moça, Senna e a família de Adriane Yamin entraram em acordo que eles apenas teriam relações sexuais quando ela atingisse a maioridade. Segundo ela, o piloto respeitou o pedido.
Mas Ayrton não ficava em abstinência. Ao que se sabe, dois tinham um relacionamento aberto, pelo menos da parte dele. Enquanto não ocorria o ato sexual com Adriane, ele tinha relações com outras mulheres.
"A minha decepção é que, na minha inocência, achei que ele fizesse essas coisas quando estava longe de mim. O namoro evoluiu, inclusive com toques. Eu fui me descobrindo como mulher com ele. Não achava que ele transaria com outras aqui no Brasil, já que ele tinha a mim. Um dia ele falou ingenuamente sobre isso como se eu soubesse. Mas já não cabia ele estar com outras porque eu estava para fazer 18 anos. A minha decepção foi uma ilusão da minha parte. Uma ilusão romântica do homem".
Quando ela finalmente fez 18 anos, os dois consumaram o ato. No livro Minha Garota, Adriane Yamin descreve como foi a primeira vez com o tricampeão. "Na quinta investida, ultrapassei meu limite. Ele se segurava para me dar prazer até que eu pedi para que deixasse acontecer porque estava doendo demais".
Nos anos em que namorou com Adriane, Ayrton Senna não apareceu publicamente com mulheres, o que começou a levantar suspeitas de que ele seria homossexual entre os pilotos da categoria automobilística.
"Ele não aparecia com ninguém porque estava comigo. E não podia aparecer com outras mulheres para eu não saber. Esse veneno [sobre Senna ser gay] foi jogado para desestruturá-lo e eu me sentia muito culpada. Ele estava sendo caluniado por minha causa. As pessoas até me perguntam, 'é verdade que ele era gay?'. Foi um boato nascido por minha culpa e ele aceitou. Isso fazia mal para ele. Sempre soube que algum dia eu teria que contar essa história".
O 'namoro secreto' apenas se tornou público em dezembro de 2016, quando Adriane Yamin foi ao programa de Eliana, no SBT, para divulgar seu livro, Minha Garota, que retrata os quatro anos que passou namorando o craque das pistas.
"Cansei de ouvir minha história sendo contada por outras pessoas. É hora de eu mesma dizer o que vivi com ele", disse Adriane à ocasião. Na época, a família de Senna confirmou o relacionamento ao SBT.
O livro de Adriane Yamin foi alvo de processo em 2020. A autora Malu Magalhães alegou que era a real autora da obra. Na época, o livro foi retirado da Amazon. Adriane afirmou que contratou Malu, mas que ela não entregou um conteúdo de qualidade e, por isso, encerrou contrato com ela após três meses de trabalho. No fim, a ex de Senna foi condenada a pagar R$ 11 mil pelo restante do contrato acordado inicialmente à profissional.
A série Senna estreia na Netflix nesta sexta-feira, 29, e deve ter seis capítulos detalhando o auge e morte do piloto.