Daniella Perez faria 45 anos: "não temos festa, só saudade"
Mãe da atriz e autora de novelas, Glória Perez prestou uma homenagem em seu perfil no Facebook
Perder um filho é uma dor insuportável, ainda mais da forma brutal como Daniella Perez foi assassinada, em 1992. No dia em que a atriz completaria 45 anos, nesta terça-feira (11), a mãe dela e autora de novelas, Glória Perez, prestou uma homenagem em seu perfil no Facebook e recebeu o apoio dos seguidores na rede social.
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"Por 22 anos esse foi o dia mais feliz em nossa casa. Hoje não temos festa: só saudade.
São 23 anos sem ela. O mundo mudou tanto e ela não viu. Não conheceu a internet, o celular, os avanços da ciência e da tecnologia, não teve seus filhos nem viu nascer seus sobrinhos -não viveu o que sonhou viver.
Para os dois psicopatas (Guilherme de Pádua Thomaz e Paula Thomaz, hoje assinando Paula Nogueira Peixoto), saiu barato", escreveu ela na legenda de uma montagem com fotos da filha desde a infância.
Uma "amiga" de Glória Perez no Facebook comentou: "Glorinha, não tenha dúvida que em algum momento essa conta será cobrada". Outras seguidoras lembraram de quando aconteceu o assassinato. "Foi um dia muito triste. Só Deus para confortar seu coração" e "Eu tinha 13 anos, mas lembro de tudo. Foi muito triste isso", escreveram.
Daniella Perez foi morta com 18 tesouradas no dia 28 de dezembro de 1992. O caso provocou imensa comoção nacional, já que a atriz vivia a personagem Yasmin na novela De Corpo e Alma , escrita por sua mãe. Ela foi assassinada pelo ator Guilherme de Pádua e pela mulher dele na época, Paula Thomaz. O ator interpretava o personagem Bira, que era apaixonado por Yasmin na trama.
O crime aconteceu por volta das 21h30, logo após Daniella deixar os estúdios da TV Globo. Seu corpo foi encontrado no dia seguinte, em um matagal na Barra da Tijuca. Antes de confessar o crime, Guilherme procurou o marido da atriz, o ator Raul Gazolla, e Glória Perez para prestar solidariedade. Ele chegou a ser chamado de "grande amigo" pelo viúvo.
Após a confissão, cogitou-se que Guilherme estava confundindo ficção com realidade, que estaria apaixonado pela atriz e que os dois teriam um romance, rumor negado pelos colegas de elenco. O crime teria sido motivado por ciúmes que ameaçavam a vida conjugal do casal. Guilherme foi autor de ao menos 12 estocadas no peito da atriz, a maioria no peito e pulmão. Ela também recebeu golpes na traqueia, que a impediram de respirar. Paula tentou atingir Daniella com uma chave de fenda e foi quem buscou a tesoura usada no crime.
O autor do crime
O mineiro Guilherme de Pádua estreou na televisão na novela De Corpo e Alma, a primeira e última da sua breve carreira. Anos antes da estreia, chegou ao Rio de Janeiro para tentar a carreira artística. Especula-se que trabalhou como michê, mas o fato sempre foi negado por ele.
Em janeiro de 1997, por cinco votos a dois do júri popular, Guilherme de Pádua foi condenado a 19 anos de cadeia. Paula Thomaz, sua mulher, também foi condenada no mesmo ano, tendo a sentença sido decretada em maio. Ela foi punida com 18 anos e meio de detenção, também por júri popular e placar de quatro votos a três. Como os dois estavam detidos desde o assassinato, ainda em 1992, cumpriram mais dois anos de cadeia e foram libertados em 1999.