De Niro fala sobre pai homossexual a revista americana
Robert De Niro disse que era responsabilidade sua fazer um documentário sobre o pai. Com a aproximação da estreia do filme - dia 9 de junho na HBO -, Remembering the Artist Robert de Niro Sr., o astro resolveu se abrir à revista Out e falar sobre a sexualidade do pai, que era gay e se separou da mãe do ator quando ele ainda era uma criança.
De Niro disse que seu pai, que tem o mesmo nome do astro, não era próximo, mas teve profunda influência em sua vida. "Não erámos o tipo de pai e filho que jogavam beisebol juntos, como você pode imaginar. Mas tinhámos uma conexão. Não estava muito com ele, porque meus pais eram divorciados. Apesar disso, meu pai não era um pai ruim ou ausente. Ele foi ausente em alguns pontos, mas era muito amoroso. Me adorava, assim como eu adoro os meus filhos", falou.
Robert De Niro, o pai, era um pintor expressionista abstrato, que fazia parte de uma comunidade artística que lançou Jackson Pollock, Willem De Kooning e Mark Rothko. Ele tinha um estúdio no centro de Manhattan, uma área que agora é lotada de apartamentos milionários. Atualmente, o ateliê é mantido por seu filho famoso. De Niro Sr. morreu em 1993.
"Esse espaço segue aqui e, daqui 20 anos, as pessoas não vão fazer ideia que um lugar como esse existiu, ao menos que seja um museu ou que recriem isso", opinou o ator. Ele mantém todos os pertences dispostos no local catalogados e intactos.
O protagonista de Taxi Driver (1976) contou também que não conversou muito com o pai sobre sua opção sexual. "Eu mal sabia. Desejei que ele tivesse falado sobre isso muito mais. Minha mãe não queria falar sobre as coisas, no geral, e você não se interessa pelo assunto quando é mais novo".
Remembering the Artist Robert de Niro Sr. é baseado nos diários deixados pelo pintor, é dirigido por Geeta Gandbhir e Perri Peltz e narrado por Robert De Niro.
