Diana, 27 anos da tragédia: por que William e Harry são grandes decepções
Morte precoce da princesa obrigou a dinastia Windsor a mudar para sobreviver aos novos tempos
Na madrugada de 31 de agosto de 1997, a princesa Diana morreu em consequência dos ferimentos sofridos quando a Mercedes em que estava se chocou contra uma pilastra do túnel d’Alma, em Paris. Ela não usava cinto de segurança e sofreu hemorragia interna.
Seu namorado, o playboy egípcio Dodi Al-Fayed e o motorista dele, o francês Henri Paul, também morreram. O único sobrevivente foi o guarda-costas britânico Trevor Rees-Jones.
Três fotógrafos que perseguiram o automóvel em motos e, teoricamente, induziram o chofer a aumentar a velocidade além do permitido, foram condenados por descumprir leis de privacidade da França. Pagaram uma multa simbólica.
Vinte e sete anos depois da tragédia que chocou o planeta, o corpo de Diana continua a repousar numa ilha no meio de Althorp, a tradicional propriedade de sua família ao norte de Londres. Somente os parentes têm acesso ao túmulo.
Os filhos, William, 42 anos, e Harry, 39, não estão à altura do inestimável legado da Princesa do Povo. Número 1 na sucessão ao trono ocupado por Charles III, o mais velho se comporta como um burocrata da realeza. Herdou a beleza da mãe, mas não sua coragem para a disrupção.
Ele segue a cartilha da avó paterna, Elizabeth II: sacrifica a própria personalidade para se submeter às regras da monarquia. Pouco sabemos o que pensa sobre o mundo. William parece um boneco de ventríloquo a cumprir todas as ordens de seu manipulador – no caso, o protocolo determinado pelo Palácio de Buckingham. Até o desenxabido Charles era mais interessante em sua juventude.
Harry se revelou ainda mais decepcionante. Rebelde sem causa desde a infância, ele sinalizava ter a bravura de Diana para enfrentar a ditadura imposta aos membros do clã Windsor. Surpreendeu positivamente ao se casar com uma mulher de ascendência negra, a ex-atriz Meghan Markle, quebrando um tabu racial no reino, mas dali em diante cometeu intermináveis equívocos.
Quando se revoltou contra a família, exagerou no papel de vítima e tentou jogar a opinião pública contra a monarquia. Ao invés de apoio do público, despertou antipatia e desconfiança. O carisma do casal virou pó. Hoje, Harry é visto como um ingrato que não faz nada de útil na vida, apenas vive em guerra contra o pai, o irmão e a cunhada, a princesa Kate Middleton. Nem as recorrentes aparições na TV dos Estados Unidos, meticulosamente roteirizadas, melhoraram sua imagem.
Enquanto isso, o legado de Diana continua intacto. A autonomia conquistada à força durante o casamento infeliz, a dedicação a causas sociais (especialmente contra o preconceito aos portadores do vírus HIV e o suporte às vítimas de guerras) e a comoção mundial por sua morte fizeram a monarquia descer do pedestal, se aproximar dos súditos e se conectar com a realidade do mundo.
Além disso, a elegância da princesa permanece insuperável. Muitas tentam copiá-la, nenhuma chega perto de reproduzir seu magnetismo. Como ela própria previu na bombástica entrevista no programa ‘Panorama’ da BBC, Diana conseguiu se tornar “a rainha no coração do povo” – e, depois de sua partida, nenhuma outra famosa chamou tanto a atenção na mídia.