Diários de Hoffman escancaram "demônios" internos do ator
Philip Seymour Hoffman deixou anotações em dois diários privados que falam de seus "demônios" interiornos através do abuso de drogas e álcool e que mostravam confusas reflexões aparentemente escritas sob efeitos de heroína, divulgou nesta terça-feira (11) a emissora NBC.
A polícia encontrou dois pequenos diários escritos à mão pelo ator, que morreu há nove dias, nos quais ele falava de sua luta contra a dependência química, de suas reuniões nos Narcóticos Anônimos na parte baixa de Manhattan, mas que também provava sua inconstância - em alguns trechos começava a escrever de maneira clara e depois transformava os textos em palavras incompreensíveis.
"É um fluxo de pensamento e é difícil de seguir", explicou uma fonte à NBC. "Em uma linha, se refere a 'Frank, o que sempre deve dinheiro', e na mesma página escreve sobre uma menina de 15 anos do Texas."
No entanto, para a investigação, embora haja nos diários referências à compra de drogas, a polícia indicou que as pistas que conduziram à detenção de quatro pessoas foram resultado de testemunhos surgidos por causa da midiática morte ator de "Magnólia".
Dos quatro detidos, só um deles, Robert Vineberg, enfrenta acusações de posse de heroína com intenção de ser vendida, enquanto os outros três se declararam inocentes.
Philip Seymour Hoffman foi encontrado morto com uma agulha no braço em seu apartamento do West Village de Nova York no domingo, 2 de fevereiro. Ele tinha 46 anos e sua inesperada morte de aparente overdos comoveu a classe artística.
Junto do corpo foram encontrados 50 papelotes de heroína. Hoffman ficou limpo por 23 anos. Além dos diários, a polícia encontrou vários livros de Truman Capote no apartamento, cujo filme biográfico, Capote, deu ao ator o Oscar de melhor ator em 2005.