Diretor Aderbal Freire-Filho é velado no Teatro Poeira, no Rio
Diretor era casado com atriz Marieta Severo desde os anos 2000
O corpo de Aderbal Freire-Filho será velado nesta quinta-feira, 10, no Teatro Poeira, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O diretor morreu na quarta-feira, 9, no Hospital Copa Star, onde estava internado para tratar complicações de saúde por causa de um Acidente Vascular Cerebral.
O velório tinha início previsto para 10h e será aberto para que o público possa se despedir do diretor. Após às 14h, o corpo seguirá para o Memorial do Carmo, no Caju, onde será cremado em cerimônia restrita à família.
Aderbal Freire-Filho tinha 82 anos e estava internado no Hospital Copa Star. Ele sofria complicações no estado de saúde desde 2020, quando sofreu um AVC hemorrágico. O Teatro Poeira, local do velório, é de propriedade das atrizes Marieta Severo, mulher de Aderbal, e de Andrea Beltrão.
Amigos, familiares e muitos famosos já passaram pelo local do velório para se despedir do diretor de teatro. Veteranas da Globo como Júlia Lemmertz, Giulia Gam, Malu Mader e Fernanda Torres foram flagradas em momentos de emoção na entrada do estabelecimento. Atores da nova geração, como José Loreto, Mateus Solano e Deborah Colker também marcaram presença.
Clara Buarque, neta de Marieta Severo, entrou no Teatro Poeira aos prantos. Chico Buarque, ex-marido de Severo, também esteve presente na cerimônia.
Logo na entrada do evento, os organizadores deixaram uma coroa de flores que Aderbal recebeu de Luís Inácio Lula da Silva (PT), atual presidente do Brasil. "Homenagem ao talento, à coragem e à gradiosidade de Aderbal. Abraço carinhoso para Marieta e família. De: Lula e Janja", diz o texto no adorno de flores.
Um pouco mais sobre Aderbal
Nascido em Fortaleza, Aderbal frequentava grupos de teatro desde 1950. Sua primeira experiência como diretor foi em O Cordão Umbilical, de Mario Prata, em 1972. Um ano depois, dirigiu um de seus grandes sucessos: o monólogo Apareceu a Margarida, de Roberto Athayde, estrelada por Marília Pêra.
Desde o início dos anos 2000, ele era casado com Marieta Severo, com quem teve várias parcerias profissionais. Ao longo da vida, Aderbal criou o Centro de Demolição e Construção do Espetáculo (1989-2003) e foi membro do Conselho Diretor do Festival Ibero-americano de Teatro, de Cádiz, Espanha. Ele também coordenou a comissão que criou o curso de direção teatral da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Entre as peças que escreveu, destacam-se Lampião, rei diabo do Brasil (1991), No verão de 1996 (1996), Xambudo (1998), Isabel (2000) e Depois do filme (2011). Na TV Globo, dirigiu Tapas e Beijos e atuou em Dupla identidade.