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Disney surpreende e supera Netflix em assinaturas de streaming

10 ago 2022 - 20h43
(atualizado às 20h49)
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Foto: Unsplash/Thibault Penin / Pipoca Moderna

O grupo Disney e especialmente a Disney+ impressionaram o mercado com seu relatório de desempenho do segundo trimestre do ano. O balançou mostrou que a plataforma de streaming ganhou 14,4 milhões novos assinantes no mesmo período em que a Netflix registrou perdas e a HBO Max fez contorcionismos para aparentar crescimento.

Ao todo, as assinaturas da Disney+ chegaram a 152,1 milhões em 2 de julho, dia que marcou o final do trimestre fiscal do conglomerado.

A maioria dos ganhos ocorreu fora dos EUA e Canadá, onde a Disney+ cresceu apenas 100 mil para chegar a 44,5 milhões. Os assinantes internacionais da Disney+ aumentaram 6 milhões no trimestre, para 49,2 milhões, enquanto a Disney+ Hotstar - disponível na Índia e no Sudeste Asiático - somaram mais 8,3 milhões para atingir 58,4 milhões.

Mas os números não ficam nisso.

Quando se considera todos os seus serviços de streaming - como fez a Warner Bros. Discovery ao somar os assinantes da HBO Max e a Discovery, para apresentar apenas o total ao mercado - , a Walt Disney Company atinge um patamar invejável. Virou na prática a maior empresa de streaming do mundo, superando até a Netflix.

Isto porque a soma da Disney+, Disney+ Hotstar, Hulu, Star+ e ESPN+ passou a responder por um total de 221,1 milhões de assinaturas em todo o mundo, ficando à frente da Netflix, que encerrou o segundo trimestre de 2022 com 220,7 milhões.

A Hulu é até maior que a Disney+ nos EUA, ganhando mais 600 mil assinantes no trimestre para atingir um total de 46,2 milhões. Já a ESPN+ conquistou novos 500 mil clientes para chegar a 22,8 milhões. Não foram fornecidos dados da Star+, mas é fácil deduzir seu volume pela contabilidade das assinaturas.

O avanço veloz da Disney é atordoante. Entretanto, há um senão associado a esse crescimento. Grande parte dos assinantes do conglomerado vêm da Índia, onde a Disney+ Hotstar estabeleceu uma política de preços muito baixos e oferece a cobertura do popular campeonato de críquete. Acontece que a empresa perdeu os direitos da competição esportiva para os próximos meses, o que pode se refletir em debandada de assinantes - a Disney+ Hotstar está se preparando para baixar ainda mais os preços do serviço, visando evitar isso.

Em contraste com a situação indiana, a Disney anunciou que vai aumentar os preços das demais assinaturas em todo o mundo. Em relação à Disney+, isso vai começar em dezembro nos EUA com o lançamento de um serviço "mais barato", que inclui anúncios. A nova opção vai custar o mesmo que o serviço atual e quem quiser continuar a assistir o conteúdo sem anúncios terá que assinar um plano Premium mais caro.

Além do crescimento no streaming, a Disney também reportou um aumento de 70% na arrecadação de seus parques temáticos.

"Tivemos um trimestre excelente, com nossas equipes criativas e de negócios impulsionando um excelente desempenho em nossos parques temáticos domésticos, grandes aumentos na audiência de esportes ao vivo e um crescimento significativo de assinantes em nossos serviços de streaming", disse o CEO do conglomerado, Bob Chapek, em comunicado para o mercado.

A Disney registrou US$ 21,5 bilhões no faturamento do trimestre encerrado em 2 de julho, um aumento de 26% em relação ao ano passado, enquanto o lucro líquido subiu 53%, para US$ 1,4 bilhão. Todos os dados ficaram acima das previsões de Wall Street, trazendo grande valorização para as ações da Walt Disney Company nesta quarta (10/8).

Apesar do crescimento do streaming, o setor é o que contabiliza os maiores prejuízos da companha. A diferença entre investimento em conteúdo e receita de assinaturas foi de US$ 1 bilhão negativo no trimestre.

Por outro lado, a receita publicitária com os canais convencionais de TV da Disney aumentou 3%, para US$ 7,2 bilhões.

Com a chegada da publicidade no streaming - pra valer a partir de 2023 - , a Disney deve zerar as dívidas do setor e começar a informar lucro para o investimento já no ano que vem, quatro anos após o lançamento da Disney+ e um ano antes do previsto inicialmente.

A CFO Christine McCarthy ressaltou a estratégia ao se dizer "confiante de que a Disney+ alcançará lucratividade em 2024".

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