Divas da música estão unidas em triste histórico de relacionamentos abusivos
A imagem feliz e glamourosa nos palcos e diante das câmeras de TV esconde uma rotina de sofrimento emocional
Assim que surgiu na mídia, Iza se tornou um símbolo de mulher empoderada. Personifica a mensagem de ‘Dona de Mim’, um de seus hits. Agora sabemos o que havia sob a imagem pública.
A artista viveu um relacionamento tóxico. Segundo relatos, sofreu com dependência emocional, ataques à sua autoestima e tinha pouco controle sobre a própria carreira.
Teria desembolsado R$ 3 milhões para romper todos os laços com um ex-companheiro a fim de evitar uma briga judicial. A liberdade, quase sempre, cobra um preço alto.
Meses após a separação, outra Iza surgiu no ‘Fantástico’ para anunciar nova etapa. Liberta das “dores e decepções”, como afirmou. Novamente “apaixonada” e feliz por “descobrir o sexo mais uma vez”. Declarou-se contagiada por “energia criativa”.
A história real de Iza suscita a lembrança de outras cantoras submetidas a uma relação abusiva com reflexo na vida profissional.
Em 2022, no ‘Saia Justa’, do GNT, Preta Gil relatou a sabotagem imposta por um namorado. “Eu ria, e ele falava: ‘ri mais baixo, sua risada é escandalosa, vulgar’. Quando vi, parei de rir. Fui ficando triste, os amigos foram percebendo... A gente acha que amor, namorado e marido é tudo na vida da gente.”
Alguns meses depois, a cantora anunciou o fim de seu casamento de oito anos em meio a um escândalo midiático de traição. Ela alegou “instinto de sobrevivência” ao priorizar o tratamento contra um câncer.
Iza e Preta, assim como tantas outras, foram influenciadas por dois ícones musicais igualmente marcados pelo sofrimento conjugal. Ambas viveram uma história ‘barra pesada’ com final oposto.
Em maio, Tina Turner morreu aos 83 anos nos braços do homem que a amou por mais de três décadas. Uma história feliz que suplantou o horror vivido pela rainha do rock anteriormente.
Foram 20 anos de violência física e psicológica no casamento com Ike Turner. Os espancamentos resultaram em mandíbula quebrada, costela trincada, boca cortada, olho roxo. Além disso, era frequentemente estuprada.
Tina não tinha acesso ao dinheiro ganhado com seu talento e era ameaçada de perder o contato com os filhos. Sentia-se tão sufocada pelo marido que tentou o suicídio. Para conseguir convencê-lo a assinar o divórcio, ela entregou boa parte de sua fortuna.
Inferno semelhante viveu a diva Whitney Houston no casamento com Bobby Brown. Foram 15 anos marcados por brigas, agressões físicas, traições, uso de drogas, porres vexaminosos e derrocada financeira que quase os levou à falência.
A separação deu um pouco de paz à dona de uma das mais belas e poderosas vozes de todos os tempos. Mas os traumas da relação tóxica a perseguiram até o fim. Foi encontrada morta em uma banheira num quarto de hotel. Tinha 48 anos. A necrópsia apontou afogamento acidental e resíduos de cocaína em seu organismo.
O exemplo dessas artistas serve de alerta às demais mulheres que sofrem caladas ao lado de um homem violento ou sabotador. Quando antes pedir socorro e sair da relação tirânica, maiores as chances de recuperar o amor-próprio, a liberdade e a alegria de viver.