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Dono de R$ 105 bilhões segue tradição de casar sem ostentar

Alexandre Arnault dá lição aos famosos pedantes e ricos cafonas que exageram no luxo para mostrar poder econômico

12 jul 2021 - 11h11
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Uma tradição na França une pobres e ricos: o casamento simples. Diferentemente do Brasil, onde a cerimônia é vista como um evento de ostentação das famílias dos noivos, lá o mais importante é a simbologia do ritual.

A elegância da simplicidade: Alexandre e Géraldine tiveram um casamento comum, sem a ostentação exibida por celebridades
A elegância da simplicidade: Alexandre e Géraldine tiveram um casamento comum, sem a ostentação exibida por celebridades
Foto: Reprodução/Instagram/@alexandrearnault

No sábado (10), um dos jovens mais ricos do planeta se casou. Vice-presidente da joalheria Tiffany & Co., Alexandre Arnault, 29 anos, disse “sim” para a estilista Géraldine Guyot, fundadora da grife de acessórios D’Estrëe.

Ele é filho de Bernard Arnault, número 2 no ranking de maiores bilionários (patrimônio equivalente a R$ 995 bilhões), dono de mais de 70 marcas de alto luxo, entre as quais Louis Vuitton, Christian Dior, Marc Jacobs, Givenchy, Moët & Chandon e Hublot.

Discretos, Alexandre e Géraldine optaram por um casamento com a presença apenas de parentes e amigos. Decoração majestosa? Trajes caríssimos? Banquete nababesco? Imprensa na porta? Convidados famosos? Influencers? Non, merci.

Depois da cerimônia reservada, o casal levou as pessoas mais próximas para tomar café da manhã em um restaurante acessível a qualquer morador ou turista em Paris, o Carette, perto da Torre Eiffel. Comeram baguette, croissant, pain au chocolat. Tem coisa melhor?

Cenas do casamento e Alexandre com o pai, o magnata do luxo Bernard Arnault
Cenas do casamento e Alexandre com o pai, o magnata do luxo Bernard Arnault
Foto: Reproduções/Instagram/@alexandrearnault

Paradoxalmente, na terra dos glamourosos Chanel e Yves Saint Laurent não há os excessos tão comuns aos casamentos brasileiros, onde predomina o exibicionismo de todos os envolvidos (noivos, famílias, convidados) e cultiva-se a supervalorização do aspecto de caro em cada detalhe.

O comedimento francês é compreensível: quem é rico de verdade, e não apenas metido a rico, tem autoconfiança suficiente para não precisar esfregar seus bilhões na cara de ninguém. “Agradar a si mesmo é orgulho; aos demais, vaidade”, refletiu o filósofo francês Paul Valéry.

Dos ganhos pessoais como alto executivo e de sua parte na herança paterna, Alexandre Arnault possui o equivalente a R$ 105 bilhões. Quem o vê de jeans e tênis nas ruas de Paris, meio tímido, fazendo questão de passar despercebido, nem imagina a fortuna e o poder que ele tem.

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