Elizângela deixa filme inédito sobre demônios feito para o público conservador
Em 'Oficina do Diabo', atriz interpreta uma mãe sofredora que tenta livrar o filho de más influências espirituais
Afastada da TV desde 2019, Elizângela encontrou no cinema uma nova oportunidade e novos amigos. A atriz vítima de parada cardiorrespiratória aos 68 anos, no dia 3 de novembro, filmou ‘Oficina do Diabo’, que será lembrado como seu último trabalho antes de morrer. Ainda não há data de estreia.
O longa é o primeiro drama ficcional da Brasil Paralelo, produtora de programas, documentários, séries e cursos. Chamada de bolsonarista pelo conteúdo com viés à direita nos espectros político e ideológico, nega ligação com o ex-presidente e afirma ser independente.
A trama de ‘Oficina do Diabo’ tem demônios como personagens centrais. A inspiração veio de livros clássicos, como ‘O Anticristo’, do filósofo alemão Nietzche, e ‘Sermões’, do padre português Antônio Vieira.
Elizângela interpreta Maria, uma mulher angustiada com as escolhas feitas pelo filho, Pedro (Sergio Barreto), dividido entre o bem e o mal. “Cada diz mais distanciado da família, dos amigos e da Igreja”, diz texto de divulgação.
Frustrado por projetos não realizados, o rapaz ficará sob a influência de dois demônios. A mãe tentará salvá-lo por meio da religião.
Lembra o martírio familiar vivido por outra personagem de Elizângela, a afetuosa Aurora, mãe de Bibi Perigosa (Juliana Paes) na novela ‘A Força do Querer’, da Globo.
A atriz apareceu na emissora carioca pela última vez em 2019, quando participou de ‘A Dona do Pedaço’. No ano passado, foi convidada para ‘Travessia’, mas teria de apresentar comprovantes de vacinação contra a covid-19. Contrária à imunização, a artista foi tirada do elenco.