Erasmo transformou Roberta Close em musa e juntos protagonizam um escândalo
Cantor sempre defendeu as mulheres e mostrou não ter masculinidade frágil ao fazer parceria com a transexual mais famosa da época
Galã da Jovem Guarda, com 1,93m de altura e instigante fama de mau, Erasmo Carlos tinha a intimidade relatada nas revistas sobre famosos.
Em 1984, o cantor apareceu na capa da popular 'Manchete' ao lado da modelo Roberta Close, a primeira transexual com status de celebridade no Brasil.
Erasmo a escolheu como musa do clipe de 'Dá um Close Nela', composta por ele. A bela carioca aparece desfilando nas ruas do Rio, personificando a mulher perfeita, e chama a atenção de todos os homens.
O ídolo sempre negou que tenha escrito a canção para Roberta, mas a letra tem inegáveis referências à trans.
"Super vitamina dos reflexos, tão complexos de ambos os sexos", diz um trecho, destacando a transexualidade.
"Não fosse o gogó e os pés a minha lente entrava na dela, no ponto da mulher nota dez", ele canta em outra parte, citando partes masculinas que travestis e transexuais não conseguem modificar.
Naquela efervescente década, a mídia ecoou a fofoca de que Erasmo e Roberta matinha um romance às escondidas.
Seria a dupla perfeita contra o tabu: um símbolo do macho alpha e a trans eleita mulher mais bonita do País.
Algumas publicações chegaram a afirmar que a diva teria sido o pivô de uma tentativa de suicídio de Narinha, a primeira mulher do Tremendão.
Os dois negaram qualquer envolvimento amoroso. Em entrevistas à TV, Roberta Close contou ter visto Erasmo poucas vezes na vida, apenas em trabalhos e eventos sociais.
Casada com um empresário europeu, a modelo, hoje com 57 anos, vive na Suíça. Quando vem ao Brasil, faz presença VIP em festas e atende a poucos veículos de imprensa.
O agora eterno Erasmo Carlos, que morreu aos 81 na terça-feira (22), deixa a mulher, Fernanda Pessoa.
Ele teve três filhos: Carlos Alexandre (morto em acidente de moto, aos 40, em 2014), Gil Eduardo e Leonardo.