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'Estamos em paz', diz atriz Cássia Kis após fim de contrato com a Globo

Atriz começou sua carreira na TV Globo nos anos 1980 e teve seu contrato encerrado com a emissora

24 jul 2024 - 16h46
(atualizado às 18h44)
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Cássia Kis deixou Globo após 34 anos
Cássia Kis deixou Globo após 34 anos
Foto: Reprodução/Globo

"Fiz bastante para a TVG [TV Globo], e ela para mim. Estamos em paz", afirmou a atriz Cássia Kis em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, após seu contrato com a emissora ser encerrado

De acordo com o jornal, assim como outros atores, Cássia poderá ser contratada por obra certa, modelo que a emissora tem adotado nos últimos anos.

Cássia começou sua carreira na TV Globo nos anos 1980. Em 1990, ela fez uma breve passagem pela TV Manchete, onde atuou em Pantanal. No mesmo ano, retornou à Globo e protagonizou Barriga de Aluguel, uma novela de grande sucesso. Desde então, ela tem sido uma presença constante em várias produções da emissora.

Recentemente, a atriz foi alvo de polêmica ao manifestar seu apoio ao PL do aborto nas redes sociais. O projeto propõe um limite de 22 semanas para a interrupção da gestação e estipula que uma vítima de abuso sexual que opte pelo procedimento após esse prazo enfrente uma pena de reclusão de 6 a 20 anos. A pena prevista para estupro no Brasil varia de 6 a 10 anos.

Nas redes sociais, internautas relembraram uma capa da revista Veja, de 1997, na qual Cássia Kis e outras mulheres revelaram terem feito aborto.

Em entrevista à coluna, a atriz afirmou que não se incomoda com a retomada desse assunto "porque eu mesma me lembro". "Essa é uma cruz bem grande para ser carregada: ter feito um aborto", afirmou ela em uma mensagem de voz.

"Sim, saí na revista Veja, e eu tenho muita, muita vergonha e muito arrependimento disso", completou. "Já me ajoelhei diante de um sacerdote mais de uma vez para contar essa história. E, na primeira vez que eu fui me confessar, depois de 50 anos, o grande pecado que eu confessei foi esse aborto que aconteceu em 1985", acrescentou.

Mãe de quatro filhos, ela revelou ter sofrido também um aborto espontâneo e, ao falar sobre maternidade, preferiu dizer que teve seis filhos. "Eu nunca digo que tive quatro. Eu tenho dois filhos, que dei nome para eles, que rezo por eles e que sei em que lugar eles estão. Não estão no céu. Como católica, sei que eles estão em outro lugar, no limbo", disse.

O conceito de limbo, incorporado aos ensinamentos da Igreja Católica no século 13, é o lugar para onde vão as crianças que morrem antes de serem batizadas. Em 2007, no entanto, o Vaticano publicou um documento afirmando que o limbo é improvável e que há base para a "esperança de que as crianças não batizadas sejam salvas".

Durante a conversa com a coluna por WhatsApp, Cássia também defendeu o PL em um longo texto em que fala sobre a "beleza da concepção: o espermatozoide quando fecunda o óvulo".

"Sei que você vai bater na tecla do estupro. Para os católicos apostólicos romanos, não há aborto", disse.

Ao ser questionada sobre a pena para a mulher que aborta ser maior do que a do homem que a violentou, como prevê o PL do aborto, Cássia respondeu: "O estuprador será punido. Como? Aí entrará a discussão com a sociedade. Não podemos perder o bebê, não devemos perder a mãe. Salvar as duas vidas", afirmou. 

Os protestos contra o PL se intensificaram no País após a constatação de que a maioria das vítimas de estupro que engravidam no Brasil são meninas de até 14 anos, muitas vezes violadas por familiares dentro de suas próprias casas.

Fonte: Redação Terra
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