“Eu ria quando diziam que era a dona da RedeTV”, diz Faa
Apresentadora faz balanço de sua vida após deixar o canal, revela a rotina na pandemia e conta o que faz para se manter jovial
O bom humor sempre foi a marca registrada de Faa Morena na televisão. A pandemia de covid-19 não tirou sua alegria de viver. Continua sorridente e otimista.
Apresentadora e cantora, ela surpreendeu os fãs ao sair da RedeTV! após 17 anos na emissora. O Ritmo Brasil era um programa prestigiado por artistas e gravadoras.
Fora da TV, ela tem feito lives em seu perfil no Instagram, onde compartilha momentos do cotidiano e interage com os seguidores.
Faa Morena conversou com o blog.
Como avalia sua vida nesse período de pandemia?
Sofro pelas pessoas que se foram, pelos seus parentes... E, claro, sofro por não encontrar os amigos fisicamente, não ir aos cafés que amo... Mas por outro lado sei que essa etapa está chegando ao fim. Em breve, quero apertar todo mundo (risos).
Sua saída da RedeTV, em novembro de 2020, ainda repercute. Você parecia muito feliz na emissora.
Nunca me arrependi de estar lá. E não me arrependo de ter saído de lá. Novos mares, novas terras. Pretendo, nesse momento, trabalhar mais nas minhas plataformas digitais, devagarinho, como qualquer ser normal. Logo vou procurar trabalho em outra emissora, sim.
Virou lenda urbana o boato de que você era a verdadeira dona da RedeTV. Isso a irritou em algum momento?
Eu dava risada. Acha que se eu fosse a dona da RedeTV! colocaria um programa do nível do ‘Ritmo Brasil’ em uma faixa complicada da programação? Estaria em horário nobre, com certeza.
Muitas pessoas se reinventaram na pandemia. Outras retomaram antigos hábitos e projetos. Como tem sido com você?
Ano passado retomei meu lado cozinheira. Eu também estou artesanal, ao pé da letra, com agulhas de tricô e crochê. E agora brinco um monte com minha neta, Suzanne, quando me recordo dos filhos bebês. Tem sido uma felicidade enorme.
Qual o segredo de sua jovialidade? Tem problema em falar a idade?
Não há segredo, está intrínseco. Dica: quem não tem jovialidade, exercite porque é muito bom (risos). Tenho 63 anos. Quando entrei na TV me aconselhavam a não falar idade, conselho que nunca segui. Amo envelhecer. Quero ser uma velhinha contadora de histórias. Para o corpo, uso óleos e cremes cheirosos. No rosto, cremes de excelente qualidade para pele mista. Para a mente, faço caminhada, meditação e autoconhecimento com terapia.
Muitos livros e músicas ao longo da pandemia?
Tenho lido de um a dois livros por mês. Terminei ‘Ciranda de Pedra’, de Lygia Fagundes Telles, e li também a biografia do Roberto Carlos, aquela proibida (risos), escrita pelo Paulo César de Araújo, uma riquíssima história de nossa música desde os anos 50. Tenho ouvido músicas aleatórias e as dos meus convidados de lives.
Toda mulher solteira escuta a cobrança “Está namorando? Vai casar de novo?”. Isso a incomoda?
De forma alguma. Os de meu convívio sabem que me sinto muito bem sem par romântico. Se aparecer, que valha a pena.
Perdeu algum parente ou amigo para a covid-19? Qual sua reflexão a respeito deste tempo tão difícil que vivemos?
Perdi uma prima de Portugal, filha de pai médico. Aparentemente, ela estava bem, um pouco de febre apenas. Pela madrugada se sentiu mal e, em meia hora, não teve o que trouxesse a menina de volta à vida. A dor dos pais é dura, muito dura. Nossos amigos da música que se foram, de uma tristeza tamanha também. Alguns mais ou menos íntimos. Somos nada, não é mesmo?
O que assiste na TV aberta, nos canais pagos e nos serviços de streaming?
Tenho assistido aos jornais e somente isso. Não assino canais pagos. Agora com Suzanne, os momentos televisivos têm sido substituídos por uma relação mais corpo a corpo, para mim, importante nessa fase. No streaming, muitos clipes. Vejo ainda entrevistas e pílulas de gente bacana que atua na área de comportamento, como a Monja Coen e os filósofos Luiz Felipe Pondé e Mario Sergio Cortella.
Qual a manchete a seu respeito que gostaria de ler em breve?
‘Faa Morena volta para a TV com programa inédito’.