Evangélica, influenciadora desiste de desfilar por samba-enredo de matriz africana
Uma influenciadora evangélica desistiu de desfilar em escola de samba carioca por causa do samba-enredo que falará sobre religião de matriz africana
A influenciadora Débora Peixoto causou surpresa ao anunciar sua desistência de desfilar como destaque de carro alegórico pela Acadêmicos do Salgueiro no Carnaval 2025. O samba-enredo da escola, intitulado "Salgueiro de Corpo Fechado", celebra a espiritualidade das matrizes africanas e temas relacionados à religiosidade, o que, segundo Débora, conflita com suas crenças cristãs evangélicas. "Participar de um enredo que fala sobre práticas que não condizem com minha fé seria uma contradição para mim", afirmou a influenciadora, destacando o dilema que enfrentou entre seu amor pelo Carnaval e suas convicções religiosas.
Débora explicou que sua decisão foi fundamentada nos valores cristãos que herdou de sua família. Ela expressou preocupação com o julgamento que poderia enfrentar tanto da sua família quanto da comunidade religiosa. "Tenho medo de decepcionar minha família e de ser julgada por aqueles que compartilham da mesma fé que eu", declarou. O enredo, que exalta práticas religiosas com versos como "Prepara o alguidar, acende a vela / Firma ponto ao sentinela", representou um desafio intransponível para a influenciadora, que se viu forçada a optar por sua fé.
A influenciadora também revelou o peso emocional de sua escolha, mencionando as crises de ansiedade que enfrentou ao tentar conciliar sua participação com suas convicções. "Foi uma escolha difícil, mas precisava ser fiel aos valores que carrego", disse Débora, reforçando que a decisão foi tomada após muito diálogo com sua família. Ela compartilhou que sua mãe expressou preocupação sobre o impacto que isso poderia ter na percepção pública sobre seus princípios. "Não quero causar decepção àqueles que sempre me apoiaram", acrescentou.
Em um vídeo publicado no Instagram, Débora se dirigiu aos seus seguidores para esclarecer os motivos de sua decisão. Ela falou sobre a crise de ansiedade que sofreu ao ler o samba-enredo e como isso a levou a reviver traumas de infância. "Eu comecei a passar muito mal. Então, eu tive que, sim, tomar essa decisão", desabafou. Débora ressaltou que, apesar de respeitar todas as religiões, precisava ser fiel à sua própria crença, sem se sentir obrigada a participar de algo que a fazia mal.