Ex-'A Fazenda', que viu marido ser assassinado, nega envolvimento com o crime
Wilson Vieira Alves, mais conhecido como 'Moisés', foi morto no domingo, 25 de setembro, na zona oeste do Rio de Janeiro
Shayene Cesário negou envolvimento no assassinato do marido, Wilson Vieira Alves, mais conhecido como 'Moisés'. "Eu nunca faria isso com o meu amor, nunca faria isso com ninguém. Eu vivi um conto de fadas com ele. Nosso casamento era perfeito", disse a ex-participante de A Fazenda. Ela ressaltou não ter nada a esconder da polícia.
"Pode vir na minha casa, olhar o que vocês quiserem, o que eu puder falar eu vou, apesar do medo", contou. As revelações foram feitas em entrevista ao Domingo Espetacular, da Record TV, exibida no último domingo, 2.
Shayene, que também é ex-musa da escola de samba Portela, e a filha de 9 anos do casal presenciaram a morte de Wilson Vieira Alves no domingo, 25 de setembro.
Moisés estava levando a esposa a um ensaio da Portela e decidiu abastecer o carro em um posto de gasolina, além de comprar remédios em uma farmácia no local, que fica na parte nobre da zona oeste do Rio de Janeiro. A bordo do veículo, também estavam a secretária do casal e mais uma pessoa.
Segundo a investigação, câmeras de segurança do posto de gasolina mostram que os criminosos, dois homens em uma moto, chegaram ao local cinco minutos antes da vítima. Moisés desceu do carro para ir à farmácia e, ao sair do estabelecimento, um dos criminosos caminhou até ele, passou por outras pessoas, atirou uma única vez e depois fugiu.
Shayene contou que ouviu um barulho alto. Ao sair do automóvel, ela viu o corpo do marido no chão. "Na hora o meu coração parou, ele tava morto, morreu na hora", lamentou.
Visivelmente abalada, a ex-participante de A Fazenda também revelou ter recebido ameaças após a morte do marido e teme pela segurança da filha de 9 anos. "Vou derrubar mãe e filha", dizia uma das mensagens enviadas para o celular da filha do casal. "Se eu soubesse que elas estava no carro, eu tinha matado as duas", afirma outra mensagem.
A polícia do Rio ainda não localizou o responsável pelo envio das ameaças. Os celulares que poderiam ajudar na investigação do assassinato de Wilson Vieira Alves foram roubados no dia seguinte da sua morte. Shayene foi vítima de um arrastão enquanto dirigia a caminho do Instituto Médico Legal (IML), do Rio, para reconhecer o corpo de Moisés.
Investigação
No decorrer da semana, a polícia carioca apontou três linhas de investigação para o crime: envolvimento com a mílica, crime passional e disputa por pontos de jogos de azar. Shayene nega a possibilidade de crime passional e defende que o marido não era mais envolvido com atividades ilegais
Wilson Vieira Alves foi condenado a 23 anos de prisão pelos crimes de contrabando, formação de quadrilha e corrupção ativa, em 2011. Ele foi acusado de controlar pontos de máquinas caça-níquel em Niterói e São Gonçalo, no Rio de Janeiro, além de receber informações privilegiadas da polícia sobre operações contra o jogo ilegal. Ele deixou a cadeia em maio de 2012, após obter um habeas corpus.
Moisés foi ex-presidente da escola de samba Vila Isabel. Além de ajudar a construir a quadra da agremiação, a Vila ganhou três títulos em sua gestão.