Ex-apresentadora da Globo ensina poderosos a não cair em armadilhas da imprensa
Fora da TV, Giuliana Morrone também atua como mediadora e palestrante em eventos sobre sustentabilidade
Em abril, Giuliana Morrone foi demitida pela Globo. Em duas passagens pela emissora desde o final da década de 1990, ela trabalhou mais de 25 anos como repórter, correspondente internacional e apresentadora de telejornal.
Na última fase, comentava o noticiário político no ‘Jornal da Globo’ e no ‘Jornal das 10’, da GloboNews, além de cobrir folgas e férias na bancada do ‘Jornal Nacional’.
Agora, a jornalista brasiliense se dedica a outras áreas da comunicação. Ministra um treinamento a executivos e líderes do universo corporativo para lidar com a mídia, a fim de preservar a reputação e a imagem pública.
Essa técnica é ensinada a políticos expostos à artilharia de perguntas contundentes da imprensa. Lula e Bolsonaro fizeram tal prática para se enfrentar nos debates da eleição presidencial de 2022.
Giuliana também está imersa no mercado da sustentabilidade, com foco nas ações promovidas por empresas. Voltou à universidade para estudar o tema. Tem feito palestras e a mediação de debates a respeito. A inclusão social e a diversidade são outros assuntos presentes da nova fase de vida da jornalista.
Alguns colegas que também deixaram a Globo, como Christiane Pelajo e Fabio Turci, seguem caminho parecido: ensinam a se comunicar melhor diante de microfones e câmeras, e participam de encontros sobre políticas sociais.
Essa autonomia é positiva. O mercado de televisão vive fase de numerosas demissões e o fechamento de vagas. Os jornalistas acertam ao buscar a independência e o empreendedorismo para não depender profissionalmente de grandes empresas, como emissoras de TV.