A semana termina mais triste para os fãs de Chaves. Conhecido em quase toda a América Latina como Chespirito, o Chaves, Roberto Gomez Bolaños morreu nesta sexta-feira (28), aos 85 anos
Foto: Reprodução
Ele, que já não podia mais sair de casa em Cancún, devido ao estado de saúde delicado, havia recentemente tranquilizado seus admiradores, ao negar sofrer de uma doença degenerativa
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Hoje, finalmente, Roberto não resistiu. "O estado dele é grave, mas estável, assim dizem seus médicos, que também já afirmaram que não existe esperança de recuperação. Eles temem o pior e estão até se preparando para isso", havia dito um amigo em maio
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Roberto nasceu na Cidade do México em 21 de fevereiro de 1929. Filho de Francisco Gomez Linares e Elsa Bolaños Cacho, foi o segundo de três irmãos
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Sua mãe, uma secretária, teve que criar sozinha os três filhos, já que o marido morreu quando Roberto ainda era muito pequeno. Mesmo ausente, o pai, um pintor, foi importante para que o garoto se acostumasse com a arte
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Antes de virar ator, Bolaños cursou faculdade de engenharia na UNAM (Universidade Nacional Autônoma e México), mas nunca exerceu a profissão. Tentou também a vida como lutador de boxe
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Começou a trabalhar com criação publicitária, já que tinha bastante criatividade e facilidade para escrever. Por volta dos 20 anos de idade, seu talento o levou a escrever diversos roteiros de programas de TV. Ele também foi autor de canções e roteiros para programas de rádio
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Entre 1960 e 1965, era o roteirista de dois shows considerados tops na televisão mexicana: 'Comicos y Cancione' e 'El Estudio de Pedro Vargas'. Nesta época, ganhou o apelido de "Chespirito" do diretor Agustín Delgado. Trata-se de uma versão castelhana do nome Shakespeare para "Shakespearito", já que Bolaños tinha grande aptidão para criar boas histórias
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Em 1968, Chespirito assinou um contrato com a recém-formada rede TIM (Televisión Independiente de México), no qual tinha 30 minutos na programação, com total autonomia
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Neste espaço, estreou como escritor e ator em 'Los Supergenios de la Mesa Cuadrada', onde conheceu o grupo que viria a acompanhá-lo durante os anos seguintes e que seria um marco da televisão mexicana: Ramon Valdez, Ruben Aguirre, Florinda Mesa, Carlos Villagran, Angelines Fernandez, Edgar Vivar e Maria Antonieta de las Nieves. Com o sucesso, em 1970, a emissora concedeu espaço de uma hora nas noites de segunda-feira
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Assim, em seu show simplesmente chamado 'Chespirito', ele fez a estreia de seus dois personagens mais queridos e conhecidos ao redor do mundo, Chaves (do original em espanhol El Chavo del 8) e Chapolin Colorado (do original El Chapulín Colorado)
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Esses dois personagens se tornaram tão populares que a rede promoveu, para cada um, uma série semanal de 30 minutos. Com Chaves, o público acompanha as aventuras de um menino órfão de oito anos (interpretado pelo então quarentão Chespirito), que vive em um barril, em uma vila suburbana
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O personagem principal se mete em confusões com seus amigos (como Quico, Chiquinha e Nhonho) e vive se desentendendo com os moradores da área (Sr. Madruga, Dona Florinda e a Bruxa do 71). Além disso, na escola, Chaves geralmente irrita o professor Girafales. As aventuras de Chaves foram exibidas originalmente de 1971 a 1992
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Já o Chapolin Colorado, trata-se de um super-herói atrapalhado que acaba com os bandidos por conta de sua sorte e de sua honestidade. Suas frases mais típicas são "Não contavam com a minha astúcia" e "Sigam-me os bons". A série foi originalmente exibida entre 1970 e 1979
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O sucesso na televisão levou-o ao cinema, onde ele também teve grande êxito com filmes como 'El Chanfle', 'Don Ratón y Don Ratero' o 'El Charrito'. Em 1995, Chespirito decidiu deixar as câmeras para dedicar-se ao teatro e ao seu trabalho como músico e escritor
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Bolaños ainda escreveu várias telenovelas, roteiros de cinema e um livro de poesia. Tornou-se mais ativo politicamente, fazendo campanha para determinados candidatos mexicanos e foi militante contra uma iniciativa para legalizar o aborto no México
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A dedicação aos seriados Chaves e Chapolin Colorado também rendeu um casamento para Bolaños. Após 27 anos trabalhando juntos, ele se casou, em 2004, com a atriz Florinda Meza, que interpretava a Dona Florinda. Ele tem seis filhos do primeiro casamento, mas nenhum com Florinda
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A semana termina mais triste para os fãs de Chaves. Conhecido em quase toda a América Latina como Chespirito, o Chaves, Roberto Gomez Bolaños morreu nesta sexta-feira (28), aos 85 anos
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Poucos minutos após o anúncio da morte de Roberto Gomez Bolaños, o Chaves, comentários lamentando a morte do comediante tomaram conta do Twitter. No início da noite desta sexta-feira (28), o nome Chespirito, como o mexicano é conhecido em quase toda a América Latina, figurava entre os assuntos mais comentados do microblog.
Incrédulos, fãs comentavam a morte do criador de Chaves e Chapolin. “Não acredito que o Chespirito morreu”, postou @GabiCipriano. "Estou esperando alguém dizer que foi só uma notícia falsa =( #Chespirito", escreveu @alexsavioss. “Descanse em paz, Chespirito”, tuitou @josuedecastro_.
Admiradores agradeceram o trabalho do ícone do humor das últimas gerações. “Descanse em paz, Chespirito e obg pelas risadas ao longo da minha vida até aqui”, escreveu @andre_s41. “Geração anos 80/90 mega tristes com morte de Bolaños, o eterno Chaves. Vá em paz, Chespirito. #RIPChaves”, comentou @bessaferreira. "Chespirito morreu e levou minha alma e infância junto", lamentou @nospn.
Roberto Bolaños estava com 85 anos e já não podia mais sair de casa em Cancún, em razão ao estado de saúde delicado. De acordo com o jornal mexicano Basta!, as complicações na saúde do comediante envolviam dificuldades para se mover e para respirar, devido ao uso de cigarro durante os anos.
Confira o que está sendo comentado no Twitter sobre a morte de Chespirito: