Gianecchini sobre sexualidade: "boato morre na praia"
11 dez
2012
- 18h48
(atualizado em 12/12/2012 às 14h51)
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De todos os assuntos abordados na coletiva de lançamento de sua biografia, nesta terça-feira (11), na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo, o único que realmente pareceu ter tirado Reynaldo Gianecchini do sério foi a respeito dos rumores sobre sua sexualidade, que o acompanham desde o início da carreira de ator, em Laços de Família, no ano 2000. O tema é abordado no livro escrito pelo jornalista Guilherme Fiuza (de Meu Nome Não é Johnny), pois, segundo ambos, era necessário falar sobre o que a imprensa diz a respeito do ator para abordar a sua vida.
"Não tem como falar da minha vida sem falar disso", afirmou Gianecchini, 40 anos, explicando o motivo pelo qual sempre fugiu do assunto em vez de procurar desmenti-lo de uma vez. "O boato morre na praia. Então nunca quis ficar falando sobre essas coisas."
Para prestigiar o lançamento, uma multidão de fãs, em sua maioria mulheres, compareceu à livraria, tornando o espaço dentro dela pequeno e repleto de ecos com gritos de "lindo", "gostoso" e outros elogios do tipo.
"A melhor coisa é ler o livro", prosseguiu Fiuza, que citou, durante a coletiva, uma frase proferida diversas vezes pelo ator ao longo do período no qual concedeu entrevistas para ele - "se foi publicado, é mentira. O resto eu posso estar fazendo". "Até porque muitas dessas coisas estão ridicularizadas no livro", explicou. "Se eu fizesse pelo menos 10% do que me atribuem, minha vida seria bem mais divertida", brincou o ator.
Gianecchini afirmou ter sido muito interessante todo o processo de produção da biografia, já que teve a oportunidade de lembrar de coisas há muito distantes da memória e a ligar certos acontecimentos recentes a outros do passado. Naturalmente, seu relacionamento mais longo, com Marília Gabriela, responsável por ajudá-lo a ser catapultado ao estrelato, não poderia ficar de fora.
"Me emocionei muito com o capítulo da separação. O Fiuza a retratou com uma poesia muito grante", elogiou. O câncer com o qual foi diagnosticado no ano passado, inicialmente a temática central do livro, também foi abordado. "A vida inteira ganhou outro significado. Eu comecei a fazer um exercício de olhar para as coisas com calma. Não que eu tenha virado zen, mas, hoje, me recupero muito mais rápido de um estresse. Foi meu maior ganho."
"O Fiuza fez minha história ser mais interessante do que eu pensava", resumiu o ator.
Fonte: Terra