Gusttavo Lima, Gil do Vigor, Davi, Huck: por que famosos querem ser presidente
A política parece cada vez mais atraente a quem gosta de ficar sob os holofotes
A fama, o sucesso e a riqueza são metas à maioria das pessoas. Quando são alcançados, qual o próximo objetivo? No caso de alguns artistas e subcelebridades, é a Presidência da República.
O mais novo interessado no importante cargo do Poder Executivo é Gusttavo Lima, de 35 anos. O cantor sertanejo surpreende ao se colocar como possível adversário político do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem sempre apoiou.
Do estado de Goiás, ele parece de olho no poder de influência do agronegócio, um dos maiores pilares da economia do Brasil, e do crescente número de brasileiros identificados com o conservadorismo.
Antes do ‘Imperador’, o campeão ex-BBB24, Davi Brito, 22 anos, manifestou a vontade de comandar o País. “Quem sabe, virar até o presidente. Ocupar até o lugar de Lula. É Lula saindo e eu entrando”, disse, ainda no confinamento, onde rezou pelo petista.
Outro participante do reality show da Globo, Gil do Vigor, 33, pós-graduando em Economia nos Estados Unidos, também deseja chegar ao Palácio do Planalto. “Tenho muita vontade de liderar o Brasil para dar o tom. Falo muito que o presidente é como se fosse o maestro de uma orquestra”, afirmou.
Em 2018, Luciano Huck articulou sua candidatura. Tinha o apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de outros nomes poderosos. Seria um representante do centro no espectro político.
Três anos depois, o nome do apresentador voltou a ser cotado para encabeçar uma chapa. Mas ele preferiu renovar contrato com a Globo e assumiu a missão de substituir Fausto Silva aos domingos.
Apesar de, aparentemente, o projeto de trocar a televisão pela política ter esfriado, Huck sinaliza não sepultar a possibilidade.
“Quando eu falo desse assunto não é o que eu quero ser, o que vou ser, não tenho nenhuma vaidade nesse assunto. Eu sou um cidadão político porque sou um cidadão ativo da sociedade civil e quero que a política se renove”, disse no ‘Altas Horas’, em dezembro.
“Esse é um projeto pessoal meu e de um grupo de gente que acredita que o Brasil pode ser, no futuro, um país mais justo e mais inclusivo, que gere oportunidades independentemente de onde você tenha nascido.”
Percebe-se que estes famosos atraídos pela ideia de ser presidente do Brasil têm em comum, além da ambição exigida pela função, a certeza – ou, se o leitor preferir, a ilusão – de que fariam tudo diferente dos políticos tradicionais.
O histórico mostra que pequena parcela das celebridades eleitas nas urnas conseguiu se destacar positivamente ao longo do mandato. A maioria se vê engolida pela máquina de poder nas mãos de pequenos grupos e a burocracia estatal.
A considerar o culto aos ídolos populares no País, não é impossível que o Brasil venha a eleger um presidente apresentador de TV, cantor, ex-reality ou influencer, porém, não há garantia de que faça a revolução social pretendida.