Imprensa americana é contra polícia não divulgar vídeos de Justin Bieber
Veículos de comunicação de Miami vão combater as tentativas do cantor canadense Justin Bieber de impedir a divulgação de vídeos feitos por câmaras de segurança da delegacia de Miami Beach, durante sua prisão em janeiro por dirigir intoxicado, informou nesta quarta-feira o jornal "Miami Herald".
Na semana passada os advogados do ídolo pop, de 19 anos, apresentaram uma moção no condado de Miami-Dade em que solicitam que não sejam divulgados mais vídeos de sua detenção na delegacia de polícia, segundo a publicação.
Um advogado do próprio jornal, Scott Ponce, ressaltou que "não há base na lei de registros públicos para que estes vídeos sejam retidos" e não sejam divulgados.
O pedido de Bieber aconteceu logo depois de a polícia de Miami Beach divulgar um vídeo gravado por uma câmera de segurança da delegacia em que é possível ver um agente revistando o cantor, e o ordenando a ficar descalço, tirar o casaco e se apoiar em uma mesa com as pernas abertas.
Bieber deverá comparecer a um tribunal de Miami dia 3 de março ao julgamento por dirigir sob a influência de substâncias tóxicas, velocidade excessiva e resistência à autoridade sem violência, informou uma fonte judicial.
Em 29 de janeiro o artista canadense se declarou "inocente" das acusações em um tribunal de Miami, de acordo com a declaração apresentada por escrito pela defesa do cantor.
O canadense foi detido na madrugada de 23 de janeiro, entre outras razões, pela suposta participação do artista em um "pega" em uma região residencial da cidade, detalhou o relatório policial.
Após a detenção de Bieber o sistema GPS do veículo alugado que conduzia, um Lamborghini, comprovou que a velocidade não era excessiva.
A polícia de Miami Beach foi alvo de críticas por alguns dos pontos que destacou em seu relatório sobre o caso.
O cantor admitiu aos agentes, após a prisão, que tinha fumado maconha, bebido uma cerveja e ingerido pílulas restritas a prescrição médica antes de ser detido, segundo a polícia, que afirmou que ele "cheirava fortemente a álcool".
No entanto, o relatório toxicológico divulgado provou que o nível de álcool no sangue do artista canadense no momento de sua prisão era de 0,014%, o equivalente a menos de um copo de cerveja e abaixo do limite legal da Flórida, que é de 0,08%.
O cantor foi posto em liberdade logo depois de comparecer diante do juiz em videoconferência e pagar fiança de US$ 2,5 mil.
Bieber, que ficou famoso com a imagem de criança exemplar, voltou a criar problemas. Poucos dias antes a polícia revistou sua casa por suspeita de envolvimento em atos de vandalismo que aconteceram no bairro onde mora.
Em 31 de janeiro Bieber somou às confusões que aprontou em Miami e Toronto um novo incidente com as autoridades de Nova Jersey, ao aterrissar em um aeroporto do estado em seu avião privado, de onde viria um forte cheiro de maconha.
No mesmo dia a Casa Branca garantiu que responderá "relativamente em breve" ao pedido para que Justin Bieber seja deportado. Como o pedido já superou as cem mil assinaturas necessárias ela se vê obrigada a se pronunciar a respeito.