Influenciadora perde o lábio após fazer preenchimento com substância proibida
Após preenchimento labial com substância inadequada, influenciadora perde o lábio e enfrenta três cirurgias de reconstrução
Na última sexta-feira, dia 8 de novembro, a influenciadora digital Mariana Michelini passou pelo terceiro enxerto no longo e delicado processo e reconstrução do rosto, realizada em Araranguá, Santa Catarina.
Graves complicações
O procedimento é parte de uma série de cirurgias complexas que buscam restaurar o lábio inferior de Mariana, que sofreu sérias deformações após um preenchimento labial malsucedido em 2020. Na época, ela recebeu uma injeção de PMMA (polimetilmetacrilato), uma substância plástica e permanente, sem seu consentimento, levando a graves complicações.
Parte da própria língua
A influenciadora compartilha sua jornada de recuperação nas redes sociais e revelou em um vídeo recente que o enxerto mais recente incluiu o uso de um retalho de sua própria língua, técnica que visa restaurar o lábio inferior e garantir a vascularização necessária na região.
Esse tipo de procedimento, embora raro e complexo, foi essencial para reestabelecer a funcionalidade e a aparência da boca da influenciadora. Ela mencionou estar tomando antibióticos e analgésicos para lidar com a dor, além de já ter conseguido escovar os dentes superiores e a língua, o que representa um avanço importante.
Acreditava ser ácido hialurônico
O primeiro preenchimento, realizado em Matão, São Paulo, onde ela acreditava estar recebendo ácido hialurônico, mas, na verdade, foi injetado PMMA, uma substância considerada de alto risco pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e não recomendada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Na influenciadora, a reação ao PMMA foi severa, levando a uma inflamação intensa e à necessidade de remover o lábio superior.
Caso impossível?
Para muitos especialistas, o caso de Mariana parecia impossível de ser solucionado, mas a influenciadora encontrou apoio em uma iniciativa gratuita dedicada a pacientes de baixa renda com deformações faciais. Esse suporte permitiu que ela tivesse acesso ao tratamento que tanto precisava.