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Irmão de Marília Mendonça contesta investigação da polícia: 'Justiça não foi feita'

João Gustavo disse que a família pretende tomar atitudes em breve

5 out 2023 - 14h50
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João cantando com Marília Mendonça
João cantando com Marília Mendonça
Foto: @instagram

O irmão de Marília Mendonça, João Gustavo, não concorda com a conclusão da Polícia Civil que culpabilizou os pilotos Geraldo Martins de Medeiros Junior e Tarcísio Pessoa Viana pelo acidente aéreo que vitimou a Rainha da Sofrência, em novembro de 2021. 

De acordo com João Gustavo, a família sente que a Justiça ainda não foi feita. "Faltou transparência. Para a família continua a dúvida. Achamos que para eles foi cômodo culpar os pilotos e isentar a companhia energética de Minas Gerais. Eles mesmo se culparam sinalizando os fios de alta tensão após o acidente. Isso é um fato, e contra fatos não há argumentos", disse o irmão de Marília Mendonça a Lucas Pasin.

De acordo com João a família tem a intenção de se reunir, conversar e tomar medidas em breve.

"Assim que o inquérito for entregue ao poder judiciário, iremos acompanhar e indagar certas questões que ainda não foram respondidas. Minha mãe, assim como eu, espera respostas claras e objetivas. Acreditamos que a justiça ainda não foi feita e o caso não foi solucionado. Somos pessoas de fé e acreditamos que a justiça de Deus será feita. Essa não falha. Teremos um esclarecimento sobre os fatos".

Na última quarta-feira, 04, em coletiva de imprensa transmitida pela Globo, a Polícia Civil anunciou o fim do inquérito sobre o acidente que matou Marília Mendonça e mais quatro tripulantes da aeronave. As autoridades atribuíram o crime de homicídio culposo aos pilotos, mas pediu o arquivamento por conta da morte de todos os que estavam a bordo.

Segundo o delegado, não era obrigatório que as torres tivessem sinalização, além disso existiam protocolos e procedimentos a serem executados, como o levantamento prévio de possíveis obstáculos no trajeto, o que não foi realizado. Em caso da não execução do levantamento, o voo deveria seguir em passagem baixa, o que também não foi feito.

Sales ressaltou ainda que existiam documentos que possibilitavam a identificação das torres, além do EGPWS, um equipamento que emite sinais sonoros quando há a proximidade de morros e obstáculos.

"É fato que esse equipamento pode ser desligado pelos pilotos, porque na medida em que a aeronave chega para a aproximação e vai se aproximando do solo, começa a ter esses avisos. A aeronáutica não conseguiu chegar nessa informação, em razão da deterioração da aeronave, se eles desligaram ou não".

A polícia também descartou a possibilidade de crime ambiental pelo vazamento de combustível da aeronave.

Acidente completa quase dois anos

Marília Mendonça morreu em 5 de novembro de 2021, aos 26 anos, após a queda de um avião de pequeno porte em uma cachoeira em Caratinga, no interior de Minas Gerais. Além dela e dos pilotos, o produtor Henrique Ribeiro e o tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho também morreram.

O avião -- um bimotor King Air da Beech Aircraft, fabricado em 1984-- decolou de Goiânia com destino a Caratinga, onde Marília teria uma apresentação à noite. A aeronave se chocou contra uma torre de transmissão, a 2 quilômetros da pista onde faria o pouso. 

Em maio de 2023, um relatório do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão ligado ao Comando da Aeronáutica, concluiu que não houve falha mecânica e que o piloto contribuiu para o acidente, ao decidir qual seria a manobra feita para o pouso no aeroporto mineiro.

No início de setembro, a artista foi indicada ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja com Decretos Reais, projeto póstumo. 

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Fonte: Redação Terra
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